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Ministro das Comunidades de Cabo Verde considera excelentes relações com Angola

O ministro das Comunidades de Cabo Verde, Jorge Santos, considerou este Domingo excelentes as relações com Angola, país que acolhe cerca de 120.000 cabo-verdianos de origem e descendentes do país insular.

: Ministro das Comunidades de Cabo Verde com Téte António, Ministro das Relações Exteriores
Ministro das Comunidades de Cabo Verde com Téte António, Ministro das Relações Exteriores  

Jorge Santos manteve na semana passada diversos contactos institucionais, nomeadamente com os ministros angolanos das Relações Exteriores e do Interior e com o presidente em exercício da Assembleia Nacional de Angola, e fechou este Domingo a visita com um encontro com a comunidade cabo-verdiana, em Luanda.

"Tivemos um encontro com o ministro do Interior e tive a felicidade de ouvir a boa integração dos bons cidadãos cabo-verdianos, aqui perfeitamente integrados e que têm orgulho da sua cidadania angolana, mas também da sua origem de Cabo Verde", disse Jorge Santos à agência Lusa.

Com o chefe da diplomacia angolana, frisou Jorge Santos, passou em revista a "boa cooperação e as relações excelentes especiais" entre os dois países, no domínio dos transportes aéreos, marítimos, da relação económica, e na educação e saúde.

"Angola é um país com que Cabo Verde mantém excelentes relações, queremos que cada vez mais haja a consolidação dos acordos e dos protocolos de cooperação que até agora foram rubricados entre os dois Estados", disse.

A visita teve também, como segundo grande objectivo, mencionou Jorge Santos, manter contacto com a comunidade, o que incluiu contactos entre empresários cabo-verdianos e angolanos com interesses no arquipélago, e uma deslocação à província de Benguela, no litoral sul do país.

"Partilhei o que o Governo está a fazer, lançámos todo este processo de aquisição da nacionalidade de origem, mas também o processo do mapeamento da diáspora cabo-verdiana, assim como todo o processo de promoção do estatuto do investidor das comunidades na diáspora", realçou.

Segundo o ministro, foi lançada a campanha sobre o portal consular de Cabo Verde, um novo instrumento, que já está em funcionamento desde o ano passado e que permite às comunidades ter acesso a um conjunto de serviços digitais, desde um passaporte até uma procuração, passando por uma carta de condução "que era a maior reivindicação" dos cabo-verdianos na diáspora.

"Este processo de aquisição da nacionalidade de origem é gratuito até 31 de Dezembro de 2023 e está a ter impacto. Neste momento há um grande número de cabo-verdianos e descendentes a adquirir as suas nacionalidades, uma vez que o documento cabo-verdiano é credível, permite alguma mobilidade e também se está a fazer justiça", sublinhou.

O governante cabo-verdiano disse que a comunidade do seu país integra cerca de 120.000 cabo-verdianos originários e descendentes até à quarta geração.

"São cabo-verdianos que entraram em Angola maioritariamente a partir de 1947, depois das grandes estiagens e fomes em Cabo Verde. Estão aqui perfeitamente integrados, as segundas e terceiras gerações com muita ascensão social, participando na vida económica, cultural, na defesa, na educação, na saúde. Em todos os sectores de actividade de Angola encontramos os cabo-verdianos orgulhosos da sua cidadania angolana, mas também orgulhosos da sua origem cabo-verdiana", frisou.

Jorge Santos visitou este Domingo, depois do encontro com a comunidade, uma feira na qual as empresas cabo-verdianas foram "mostrar o que fazem, e que estão verdadeiramente integradas nesta comunidade".

"Tem sido um diálogo muito franco, estão a pedir uma Casa de Cabo Verde aqui em Luanda, estou em crer que estamos em condições de avançar com este projecto a nível do Governo. Já estamos a trabalhar nesta possibilidade e vamos avançar para mediar com as associações aqui de Angola e levarmos avante essa casa de Cabo Verde em Angola", salientou.

Este é um dos assuntos que Jorge Santos deverá abordar na Segunda-feira com o vice-governador de Luanda, antes de deixar Angola.

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