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Observatório Eleitoral Angolano considera inconveniente acções de concorrentes no mesmo dia

O presidente do Observatório Eleitoral Angolano, Gabriel Mbilingi, considerou esta Quarta-feira inconveniente a realização de acções eleitorais pelas principais forças políticas do país concorrentes às eleições gerais de 24 de Agosto no mesmo dia.

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Segundo Gabriel Mbilingi, que falava à saída de um encontro com a presidente do Tribunal Constitucional, Laurinda Cardoso, o cidadão angolano ainda não tem a cultura democrática enraizada, por isso "não é conveniente que estas manifestações tivessem lugar no mesmo dia".

"É claro que têm esse direito, podem fazer isso, mas é aí que seria já prudente não colocar isso no mesmo dia", referiu Gabriel Mbilingi, arcebispo do Lubango, que no encontro se apresentou à presidente do Tribunal Constitucional.

No Sábado, as três maiores forças políticas do país, concorrentes às eleições gerais de 24 de Agosto, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), no mandato que termina, vão realizar acções na província de Luanda.

Gabriel Mbilingi disse esperar que os cidadãos, especialmente o eleitor e não eleitor de Luanda que participar dessas manifestações, "não façam daquilo um espaço para se guerrearem uns aos outros e até para se desprezarem uns aos outros".

De acordo com o presidente do Observatório Eleitoral, algum incidente seria a revelação de que as pessoas não estão a acatar aquilo que é a disposição reiterada pelos partidos concorrentes, que nos seus actos de massa têm vindo a apelar para a harmonia e para a paz.

Para Gabriel Milingi, é de todo lamentável "e não ajuda a que se crie um ambiente eleitoral pacífico", quando as lideranças mesmo nesta fase de pré-campanha "já têm uma linguagem que tendem a viciar aquilo que é a competência dos responsáveis dos partidos concorrentes".

O prelado reiterou o apelo no sentido de que os principais responsáveis dos partidos concorrentes tenham "toda a cautela e toda a responsabilidade de não fazer com que o clima eleitoral seja à partida minado pelas mensagens que fazem passar e até pela falta de respeito que se tem em relação aos partidos concorrentes".

"Já o apelo foi feito e é nesse sentido que estou a repeti-lo hoje (...), que têm de moderar a linguagem, têm de ser os primeiros responsáveis para a criação de um ambiente que permita que as eleições sejam mesmo uma festa democrática", sublinhou.

Angola vai realizar as quintas eleições gerais a 24 de Agosto, para as quais concorrem 13 partidos políticos, cinco dos quais coligados, com mais de 14 milhões de eleitores.

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