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Analista diz que medição de forças entre MPLA e UNITA vai revelar tendência de voto em Luanda

O analista político angolano Osvaldo Mboco considerou que a medição de forças entre o MPLA, no poder, e a UNITA, na oposição, agendado para Sábado, em Luanda, vai lançar um indicador sobre a tendência de voto na capital.

STRINGER: Supporters cheer as Joao Lourenco, presidential candidate for the ruling MPLA party, speaks at an election rally in Malanje, Angola, August 17, 2017. Picture taken  August 17, 2017. REUTERS/Stephen Eisenhammer FOR EDITORIAL USE ONLY. NO RESALES. NO ARCHIV
Supporters cheer as Joao Lourenco, presidential candidate for the ruling MPLA party, speaks at an election rally in Malanje, Angola, August 17, 2017. Picture taken August 17, 2017. REUTERS/Stephen Eisenhammer FOR EDITORIAL USE ONLY. NO RESALES. NO ARCHIV   STRINGER

"É salutar sim e a medição de forças entre ambas [UNITA e MPLA] vai lançar um indicador sobre a tendência de voto em Luanda nas próximas eleições. São as grandes forças políticas que têm estado a galvanizar a competição política em Angola", afirmou Osvaldo Mboco à Lusa.

O Movimento Popular de Libertação de Angola agendou para Sábado um ato político de massas em Luanda, dia em que União Nacional para a Independência Total de Angola também vai à rua com um acto do género.

João Lourenço, presidente do MPLA, vai liderar a iniciativa do seu partido, e Adalberto Costa Júnior, líder da UNITA, vai comandar a actividade do partido do "Galo negro" na maior praça política e eleitoral do país.

Para Osvaldo Mboco, as actividades políticas de Sábado, em Luanda, traduzem-se numa mensuração de forças, considerando que Angola tem-se caracterizado como um país de "bipartidarização imperfeita".

"Porque só são esses dois partidos que têm estado a galvanizar a competição política e esse ato de massas em Luanda vai-se constituir no medir de forças", frisou o analista.

"No meu entender a perspectiva política que tenho é no sentido de que os órgãos de defesa e segurança vão ter muito trabalho para manter a estabilidade nesse período tendo em atenção os possíveis focos de convulsões sociais e actos de intolerância que poderá acontecer no decorrer do acto de massas", observou.

Mboco apelou também para a necessidade das lideranças políticas de ambos os partidos exortarem os seus militantes a cultivarem a "tolerância política, a calma, a prudência e não confrontação", na via pública, num dia em que Luanda deve registar um intenso movimento.

"Daí que ainda defendo que um dos partidos poderia adiar o seu ato de massas, apesar de considerar que a coincidência de datas é salutar em certo ponto", frisou.

Sobre o teor dos discursos de sábado, Osvaldo Mboco acredita que a UNITA "deve continuar a expor as falhas de governação do MPLA, durante o último quinquénio e não só, e deverá também reafirmar o seu mote de alternância".

"Uma demonstração clara que é necessário que exista alternância para a alteração ao quadro social, político e económico que o país atravessa", realçou o também especialista em relações internacionais.

"Tenho estado a defender que o programa de governação que a UNITA irá apresentar não ficará muito distanciado do que apresentou em 2017, porque lá tem ideias que ainda são estruturantes e atuais", salientou.

Já o MPLA, "sem sombras de dúvidas", argumentou, "irá apresentar os seus feitos durante esta governação, os projetos que foram materializados, os que estão em vias de materialização e aqueles que poderão ser materializados caso vença as eleições".

"Então, o discurso do MPLA vai gravitar muito em torno dos resultados que produziu a sua governação neste período e também do combate à corrupção, uma das bandeiras do Presidente João Lourenço, e com certeza João Lourenço vai entroncar nas infraestruturas, projetos materializados, em vias de materialização e outros", rematou Osvaldo Mboco.

Para sábado, a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE) também agendou um acto político de massas, em Luanda, na antecâmara das eleições gerais de 24 de Agosto.

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