Segundo o director do gabinete de saúde local, Lucas Nhamba, os 15 casos foram notificados nos municípios do Huambo, Caála, Ekunha, Londuimbali e Cachiungo, em campanhas anteriores, cerca de 5 por cento de crianças não foram vacinadas.
O responsável, citado pela Angop, falava no lançamento da campanha provincial de vacinação contra a pólio, que decorre até Domingo, e prevê vacinar 340.449 crianças, menores de cinco anos, nos municípios afectados, para o corte da cadeia de transmissão.
Lucas Nhamba disse que as crianças doentes não foram imunizadas nas campanhas anteriores, e para evitar a infecção de outras estão isoladas e a ser acompanhadas pelas autoridades sanitárias.
Para esta campanha foram disponibilizadas 430.360 doses de vacinas, que serão ministradas por 1137 equipas compostas, cada uma, por um mobilizador/vacinador e registador.
No final de 2019, as autoridades de saúde anunciaram que o país estava a enfrentar um surto de pólio, causado por um vírus vivo atenuado pela vacina oral da poliomielite, que se reproduz nos intestinos rapidamente, sendo depois excretados nas fezes para o ambiente, infectando crianças que não estão imunizadas.
O Ministério da Saúde realizou campanhas de vacinação contra a poliomielite, para combater o surto que já tinha infectado naquele ano 49 pessoas.
Angola não notificava casos de poliomielite, doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, mas em 2019 voltaram a notificar casos nas províncias do leste do país – Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico, tendo depois Luanda também registado.
O país estava certificado pelo Comité de Certificação Regional Africano como livre do vírus da pólio, tendo os últimos cinco casos sido notificados em 2011, nas províncias do Uíje e Cuando Cubango.