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Ministro da Economia diz que Angola entrou num período de estabilidade

O ministro da Economia e Planeamento disse que Angola está a viver uma reversão das altas taxas de inflação nos últimos anos, que chegaram a 40 por cento, entrando agora num período de "estabilidade macroeconómica".

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"Urge informar que a tendência da inflação que se vem verificando este ano é manifestamente de menor intensidade. Podemos dizer que há reversão da sua tendência altista, o que indicia necessariamente que nós estamos no caminho da estabilidade macroeconómica", afirmou Pedro Luís da Fonseca.

O governante discursava no Ministério das Relações Exteriores, em Luanda, numa sessão de divulgação do Plano Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018-2022 junto do Corpo Diplomático acreditado em Angola, tendo recordado que esta "estabilidade macroeconómica" é "a condição necessária e incontornável" para o crescimento económico projectado pelo Governo, depois da crise provocada pela quebra nas receitas da exportação de petróleo.

O PDN 2018-2022 contém um conjunto de programas com a estratégia do Governo para o desenvolvimento nacional na actual legislatura, desde logo a nova Lei do Investimento Privado.

"Temos de criar as condições para que o crescimento económico venha a se verificar a níveis que, de certa forma, venham garantir o bem-estar da população", explicou Pedro Luís da Fonseca, garantindo que a melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), 150.º, entre 188 países analisados, é outro dos objectivos até 2022.

A taxa de inflação mensal no país voltou a subir entre Abril e Maio, para 1,27 por cento, mas o acumulado dos últimos 12 meses está já ligeiramente abaixo dos 20 por cento, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo o relatório mensal do INE sobre o comportamento da inflação, o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) de Maio contrasta com os 1,22 por cento em Abril e os 1,44 por cento em Março.

Entre Janeiro e Dezembro de 2016 (12 meses), os preços em Angola subiram praticamente 42 por cento, segundo os relatórios anteriores do INE, tendo descido em 2017 para 23,67 por cento, devido à crise económica, financeira e cambial que o país enfrenta.

Contudo, o Governo perspectiva o decréscimo da taxa de inflação até um dígito nos próximos cinco anos, face aos actuais cerca de 20 por cento a um ano, conforme prevê o PDN 2018-2022.

Os dados do PDN referem que após a recessão de 2016 (2,7 por cento) e 2017 (2,5 por cento) já assumida pelo Governo, a taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) do país está projectada em 2,3 por cento para este ano e 3,6 por cento para 2019, descendo no ano seguinte para 2,4 por cento.

O pico do crescimento económico esperado pelo Governo será em 2022, com o PIB a crescer 4,1 por cento. O quadro macroeconómico do PDN apresenta igualmente indicadores e projecções do sector petrolífero e não petrolífero, perspectivando para este último um crescimento "moderado" de 2,4 por cento, em 2018, a 7,5 por cento, em 2022.

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