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Emblemático edifício-sede do BPC na baixa de Luanda reabre dentro de um ano

O emblemático edifício-sede do Banco de Poupança e Crédito (BPC), inaugurado na baixa de Luanda em 1967, só deverá reabrir no terceiro trimestre de 2018, após obras de reabilitação que decorrem há já quatro anos.

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A informação foi transmitida pelo presidente do conselho de administração do BPC, Ricardo d'Abreu, questionado pela Lusa durante a conferência de imprensa, em Luanda, para assinalar os primeiros 100 dias de gestão da nova administração do maior banco angolano, em processo de recapitalização e reestruturação devido ao elevado volume de crédito malparado.

De acordo com o administrador do banco público, "foi colocado o desafio" ao empreiteiro de, dentro de pouco mais de um ano, concluir a obra de reabilitação do edifício, tendo em conta que o mesmo "faz falta" ao BPC, numa "lógica de racionalização de custos" face ao processo de reestruturação em curso e quando, actualmente, vários serviços financeiros 'core' estão dispersos por diferentes edifícios na capital. "Temos a expectativa que no terceiro trimestre de 2018 possamos fazer a reinauguração do nosso edifício-sede", admitiu Ricardo d'Abreu.

A reabilitação integral do edifício-sede do BPC foi avaliada em 2013 em 7798 milhões de kwanzas e adjudicada aos chineses da Jiangsu, que também assumiram o financiamento da operação.

No entanto, dada a crise económica, a importação de alguns equipamentos necessários à construção tem sido dificultada, conforme explicou Ricardo d'Abreu. "Criamos um grupo de trabalho específico, uma equipa de projecto, para podermos acompanhar todo o trabalho que está a ser desenvolvido pelo empreiteiro, fiscais e outros fornecedores que vão ter de entrar em cena", acrescentou.

Considerado um dos ex-líbris de Luanda, o edifício, de 26 pisos e 96,17 metros de altura, foi construído no tempo colonial português com o projecto do arquitecto Januário Godinho e dos engenheiros Correia de Araújo e Campos Matos.

O edifício foi inaugurado a 28 de Janeiro de 1967, como sede do então Banco Comercial de Angola, que foi o primeiro banco de raiz a abrir as suas portas em Angola, 11 anos antes.

O Estado é accionista do BPC, através do Ministério das Finanças (75 por cento), do Instituto Nacional de Segurança Social (15 por cento) e da Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (10 por cento).

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