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Manuel Vicente inaugura central eléctrica de Cambambe que beneficia oito milhões de pessoas

O vice-Presidente, Manuel Vicente, inaugurou a segunda central de aproveitamento hidroeléctrico de Cambambe, que ampliou a sua produção energética de 180 para 960 megawatts, para beneficiar oito milhões de pessoas.

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Na sua intervenção, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, disse que o projecto de Cambambe, na província do Cuanza Norte, que vai igualmente proporcionar energia às províncias do Uíge, Zaire, Malange e Luanda, consumiu cerca de dois mil milhões de dólares e oito anos de trabalho.

Segundo João Baptista Borges, o projecto terá uma produção média de energia de cinco milhões de megawatts/hora por ano, representando uma geração de riqueza de 500 milhões de dólares anual, considerada a tarifa de 10 cêntimos por quilowatts/hora. "Nesta condição o retorno de investimento é de apenas quatro anos", disse o ministro.

João Baptista Borges salientou que o factor de capacidade de Cambambe é de 0,6 e a taxa de geração é de um por um, ou seja, um megawatt para cada metro cúbico por segundo de água, condição considerada "muito boa no que toca ao aproveitamento da capacidade instalada".

A complementar esta grande obra foi construída uma moderna subestação, de onde partem as linhas de muito alta tensão que escoam já essa produção energética para a capital de Angola, Luanda, e todas as restantes províncias do sistema norte, incluindo o Zaire, estando em curso a interligação com a Gabela, província do Cuanza Sul, que permitirá em breve fazer chegar energia a Benguela.

Com vista a garantir o bom funcionamento e longevidade dos equipamentos existentes, o ministro apontou a necessidade da existência de uma estrutura de manutenção, com trabalhadores bem formados, capacitados e motivados.

Para João Baptista Borges, a integração de Cambambe no sistema eléctrico nacional aconselha igualmente uma actualização dos estudos de estabilidade do sistema eléctrico nacional, na perspectiva de uma exploração adequada e estável dos seus componentes.

De acordo com o governante angolano, a conclusão com êxito do projecto ficou a dever-se a uma excelente estruturação financeira, "com a maior abrangência jamais realizada no país", em que participaram bancos e agências multilaterais de crédito e garantia do Brasil, Alemanha, Suécia, Espanha e do Banco Mundial.

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