Segundo o relatório da organização que junta 12 dos mais importantes produtores de petróleo a nível mundial, Angola abrandou a produção de 1,805 para 1,785 milhões de barris por dia, o que representa uma queda de 1,2 por cento face a Maio, mas fica acima da produção dos últimos dois anos.
Em 2013, de acordo com os dados fornecidos pelo país à OPEP, Angola produziu 1,7 milhões de barris por dia, abrandando para 1,65 milhões no ano passado, mas recuperou no primeiro semestre deste ano para cerca de 1,74 milhões diários. O relatório da OPEP mostra que a Arábia Saudita aumentou a produção para o nível mais alto desde 1980, bombeando 10,56 milhões de barris por dia, seguido pelo Iraque, com pouco mais de 4 milhões de barris por dia.
O relatório mensal afirma esperar que o mercado se equilibre à medida que a produção de petróleo de xisto norte-americano vai abrandando, mas a previsão parece estar a demorar o seu tempo, uma vez que os preços mantêm-se 46 por cento abaixo do nível de há um ano, e a produção norte-americana deve chegar ao nível mais alto dos últimos 45 anos.
"Uma melhoria para um mercado mais equilibrado" deve acontecer em 2016 devido ao aceleramento do consumo, diz a OPEP no seu relatório de Julho, divulgado esta segunda-feira, no qual se afirma que "a dinâmica da economia global, especialmente nos mercados emergentes, deverá contribuir ainda mais para o crescimento da procura do petróleo no próximo ano".
A procura pelo petróleo produzido nos países da OPEP deverá aumentar no próximo ano 900 mil barris por dia, para uma média de 30,1 milhões de barris, de acordo com o relatório. Isso é ainda 1,2 milhões menos do que o grupo estima ter bombeado em Junho: os mercados globais continuam com uma oferta "massivamente excessivos", conclui a OPEP.
Os 12 membros da OPEP aumentaram a produção em 283,2 mil barris por dia para o máximo dos últimos três anos: 31,3 milhões por dia em Junho, de acordo com estimativas externas de produção citadas no relatório, que apresenta duas tabelas para a produção - uma enviada por cada país e outra atribuída a fontes secundárias.