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Executivo vai investir mais de 60 mil milhões no sector do petróleo, aponta PCA da ANPG

Mais de 60 mil milhões de dólares é quanto o Governo prevê investir nos próximos quatro anos no sector do petróleo. A informação foi avançada por Paulino Jerónimo, presidente do Conselho de Administração (PCA) da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), que explicou que com esta acção, o Executivo quer preservar a meta de produção superior a um milhão de barris por dia até 2027.

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Entre 2022 e 2024, Angola estava a produzir aproximadamente 600.000 barris por dia, resultado da falta de investimento no ramo petrolífero devido à crise económica que causou a redução da actividade petrolífera, disse o responsável quando intervinha no Fórum sobre o Investimento no Sector dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás – realizado esta Quarta-feira na província do Cuanza Norte –, tendo acrescentado que esse número aumentou para o dobro no ano passado, fazendo com que o país, actualmente, produza 1.024.000 barris diariamente.

Segundo a Angop, o aumento é fruto do fortalecimento dos investimentos do Executivo no ramo, bem como da alteração no modelo de governança do sector do petróleo, que resultou na aprovação de uma nova estratégia para explorar hidrocarbonetos.

Ao falar acerca do tema "Oportunidades para impulsionar a cadeia produtiva dos recursos minerais", no mesmo fórum, Jacinto Rocha, PCA da Agência Nacional dos Recursos Minerais (ANRM), disse ser necessário investir na prestação de serviços ao sector dos petróleos, acrescentando que a actuação no sector não se limita apenas às empresas extractivas.

Citado pela Angop, o responsável realçou os princípios estabelecidas para que as empresas não extractivas se consigam organizar tanto técnica quanto financeiramente, assim como ficarem aptas a participar em concursos para prestar serviços e fornecer produtos à cadeia de valor do sector do petróleo.

"As empresas do sector mineiro não são só aquelas que estão na extracção, mas, também, inclui os prestadores de serviço", referiu.

Entre outros aspectos, o responsável considerou que a prestação de serviços nestes sectores representa uma cadeia com capacidade para criar valores e oportunidades de emprego.

Também o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, participou neste fórum. Na sua intervenção, um dos aspectos que abordou foi o petróleo e gás.

"Estamos a implementar uma estratégia clara para manter a produção acima de um milhão de barris de petróleo por dia e atrair novos operadores, através de licitações regulares e novas regras operacionais. ⁠O gás natural é uma aposta estratégica. A transição energética também está no centro das nossas políticas. Angola já está a investir em energia solar e em hidrogénio verde. Outra prioridade é alcançar a auto-suficiência em combustíveis", referiu.

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