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Mais de 60 mil tartarugas devolvidas ao mar pelo projecto Cambeú

Nos últimos sete anos, o projecto Cambeú devolveu ao mar, em Benguela, 68 mil crias de tartarugas. Além disso, Sónia Ferreira, coordenadora do projecto, informou que também conseguiram proteger 350 mães de ataques de caçadores furtivos.

: Facebook Cambeú Project - Proteção de tartarugas marinhas em Angola
Facebook Cambeú Project - Proteção de tartarugas marinhas em Angola  

Entre as acções do projecto, consta igualmente o resgate de 530 ninhos, bem como a concretização de 1000 patrulhas e 90 acções de sensibilização das comunidades onde participaram 80 voluntários que receberam formação por parte do projecto, apontou a responsável, que acrescentou que o projecto também recebeu a visita de mais de 2000 crianças.

Em declarações à Angop, a coordenadora disse que durante o referido período só se descobriu duas das cinco espécies que existem, indicando que o principal motivo da extinção das espécies é a caça furtiva.

Embora as tartarugas marinhas na sua fase inicial de vida sejam ameaçadas por peixes, caranguejos e pássaros, o maior predador acaba por ser o homem.

Segundo a responsável, se a acção humana continuar a ameaçar as tartarugas poderá chegar-se à extinção. "Se continuarmos a ter os humanos como predadores das mães tartarugas marinhas vamos ficar sem a espécie, visto que dos cinco tipos que a costa dispunha, apenas aparece a Oliva. A verde já não é vista há três anos", referiu, citada pela Angop.

Já as tartarugas assumem o papel de principais predadoras de medusas ou alforrecas que, por seu turno, são as principais predadoras de larvas e ovas de peixes como sardinha, carapau, tilápia e cachucho, que acabam por ser os que mais se consomem no país, podendo, segundo a responsável, ser uma das justificações para a actual falta "dessas espécies de peixe".

"Essa pode ser também uma das grandes causas da escassez dessas espécies de peixe neste momento", referiu.

Criado no Lobito, o projecto Cambeú diz respeito a uma iniciativa que tem em vista proteger as tartarugas marinhas, protegendo os seus ovos depois de desovados na costa. Segundo a Angop, posteriormente, os referidos ovos vão para berçários e incubadoras por um período entre 55 a 60 dias, recebendo cuidados e após o nascimento devolvem-se ao mar exactamente onde ocorreu a sua desova, dado que as tartarugas quando se tornam adultas, regressam ao sítio onde nasceram para desovar.

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