Com a chegada deste primeiro lote de camelos, segundo uma nota do governo provincial do Namibe, a que o VerAngola teve acesso, foi dado "mais um passo do projecto" que tem em vista a "reprodução e repovoamento de camelos na província".
"Com a chegada destes animais, Namibe dispõe agora de mais um produto turístico que pode ser localizado na estação Zootécnica do Caraculo, que dista a 60 quilómetros da cidade de Moçâmedes", lê-se no comunicado.
Na ocasião, Abel Kapitango, vice-governador provincial para o Sector Político, Social e Económico, considerou que a chegada destes animais "veio contribuir para aquilo que é a perspectiva de desenvolvimento do turismo no país".
O responsável, citado pela Angop, fez ainda saber que os camelos estão saudáveis e tiveram uma fácil adaptação ao clima da região, tendo acrescentado, entre outros aspectos, que futuramente será feita uma reintrodução da espécie por parte do governo, no sentido de os cidadãos conseguirem fazer a criação de camelos e gerar receita para as famílias.
Apontou a resiliência deste animal, referindo que consegue viver durante longos períodos de tempo sem água, não exisitindo dificuldades para o acomodar, conviver e domesticar.
"O camelo é bastante resiliente, pois consegue viver muito tempo sem água, pelo que não teremos nenhuma dificuldade na sua acomodação, convivência e domesticação", disse, citado pela Angop.
Segundo a nota do governo provincial, "na sequência de um projecto de parceria público-privada com os EAU, o governo provincial do Namibe e as autoridades dos EAU têm vindo a desenvolver um projecto de implantação de camelos e de produção de tâmaras que visa simultaneamente elevar a produção pecuária, a atracção e fomento turístico da região desértica do Namibe e produção de frutos associados ao micro-clima" do território.
Nesse sentido, o projecto de cooperação com os EAU vai permitir "alavancar o turismo e o sector da pecuária, considerada, como uma das grandes potências económicas da região, transformar o Namibe, no centro de criação, transformação e comercialização da carne e leite de camelo", lê-se na nota.
Segundo a Angop, este projecto conta com uma área de 16 mil hectares, possibilitando a circulação cómoda dos animais, bem como área de alimentação, residência administrativa, e ainda furos de água com um sistema de captação por via de sistemas de gravidade e capaz de armazenar mais de 20 mil litros de água.
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