Segundo o secretário de Estado para os Transportes Terrestres, esta foi a medida de mitigação encontrada para atenuar "o impacto negativo no seio dos transportadores e pescadores" face à redução gradual do subsídio à gasolina, a partir de Sexta-feira, que passa dos 160 kwanzas o litro para 300 kwanzas litro.
O secretário de Estado referiu que estão abrangidos táxis colectivos "azul e branco", gira bairro [táxis que operam no interior dos bairros], mototáxis e a pesca artesanal.
"A ideia da manutenção do preço da gasolina consumida por esses veículos é exactamente o sentido da protecção destes operadores económicos e das famílias por via desta manutenção para não ter o preço, quer o da corrida do táxi, quer o preço do peixe alterado", destacou Jorge Bengue.
Bengue realçou que actualmente um táxi colectivo gasta em média 8000 kwanzas para abastecer a viatura com 50 litros de gasolina, com a subida do preço para 300 kwanzas a diferença é de 7000 kwanzas, sendo este o valor que diariamente estará disponibilizado no cartão.
"O taxista vai continuar a gastar os 8000 kwanzas que sempre gastou ao preço de 160 kwanzas por litro de gasolina, a diferença o Estado cobre com este mecanismo de atribuição do cartão para abastecer", frisou.
O governante informou também que o cartão, que é personalizado e intransmissível, é válido em todas as bombas de abastecimento.
A medida entra em vigor na Sexta-feira, prosseguiu Jorge Bengue, mas estão ainda muitos taxistas e pescadores por licenciar, condição para o exercício da actividade e acesso ao cartão.
De acordo com o secretário de Estado para os Transportes Terrestres, neste momento já começaram a ser emitidos os primeiros cartões de combustível, que serão atribuídos a partir de Sexta-feira a todos os que estão licenciados, sendo este um processo progressivo.
Jorge Bengue admitiu que mesmo para os operadores licenciados não estão todos os cartões emitidos, embora o processo de atribuição arranque já na Sexta-feira.
Relativamente à fiscalização de preços nos casos dos táxis, Bengue disse que foram acauteladas as medidas, que já ocorrem com regularidade, agora com maior regularidade, intensidade e relevância.
"Estamos a nos lembrar das questões de encurtamento de rotas, que tem sido alvo de fiscalização com detenções, julgamentos e multas também, e estamos a falar nesse caso concreto do cumprimento da manutenção de uma tarifa vigente, que vai-se manter, porque o aumento de preço não vai representar um custo operacional da actividade do taxista", salientou.
Para o governante, o desafio agora é a sensibilização das pessoas para evitar aproveitamentos.
