Os referidos terrenos, segundo a Angop, encontram-se na posse de indivíduos sem capacidade para impulsionar uma produção em larga escala. Desse modo, de acordo com Luís Marcelo Ndala, administrador municipal, um levantamento está a ser levado a cabo pela administração nas comunas de Galangue e Vicungo, nas quais existem terrenos nas mãos de cidadãos que não fazem investimento.
O responsável alertou igualmente para o facto de possuírem "muitas terras disponíveis", sendo preciso "que haja responsabilidade". "Temos muitas terras disponíveis, daí ser preciso que haja responsabilidade, sobretudo do empresariado que tem os títulos das terras, que devem começar a investir, ou perderão a titularidade, pois o que vai acontecer é que vamos entrar num processo jurídico e desanexar os proprietários, para repassar a investidores sérios", afirmou, em declarações à Angop.
Assim, o administrador municipal adiantou que já arrancou o trabalho numa comunicação entre o gabinete jurídico e as comissões de moradores, que dispõem do aspecto de resolução das circunstâncias administrativo-jurídicas e, subsequentemente, dar entrada num trabalho profundo, escreve a Angop.
Luís Ndala expressou ainda o facto de o município possuir abertura a novos investimentos, tanto de empresários do país como do estrangeiro, dado que existem terrenos e água.
Na ocasião, aproveitou ainda para lamentar, que a piorar o cenário, nos últimos anos foram facultados mais 15 mil hectares a investidores, contudo, os referidos hectares ainda não se encontram a produzir, escreve a Angop.
O administrador sublinhou igualmente o facto de Angola ter potencial e conseguir impor a sua agricultura no continente, acrescentando que o município do Cuvango apresenta potencial, principalmente em recursos hídricos. "Temos um país com potencial e pode impor a sua agricultura em África, pois só o Cuvango tem um potencial, sobretudo em recursos hídricos, com dois rios com caudais permanentes e seus afluentes", disse.
De referir que as terras do município são banhadas pelos rios Cubango e Cutato.
