De acordo com uma fonte do Ministério das Relações Exteriores, citada pelo Jornal de Angola, o empresariado daquele país convidou o titular da pasta dos Transportes a rumar até ao Egipto no sentido de "constatar in loco a realidade do que pretendem implementar em Angola".
Caso Ricardo de Abreu aceite o convite, o projecto – que visa dar resposta às carências do mercado de Angola bem como de outros países da África Austral – poderá sair da gaveta e evoluir.
Já numa outra audiência, adianta o Jornal de Angola, o ministro da Agricultura e Pescas pediu aos empresários do Egipto a determinarem acções que viabilizem os investimentos, tendo referenciado a relevância de se implementarem em solo angolano.
De referir que o grupo Energya Cables mostrou um projecto que visa a implementação no país de estruturas vocacionadas à produção de cabos eléctricos de média e alta tensão, entre outros.
Nesse sentido, o secretário de Estado para a Energia, António da Costa, disse aos empresários que será útil estabelecerem contacto com a Agência de Apoio ao Investimento Privado e Promoção das Exportações (APIEX) e com a Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo no sentido de reconhecerem uma área para se implementarem, entre outros aspectos.
Recorde-se que no início da semana, no acto de abertura do fórum de negócios entre os dois países, Domingos Vieira Lopes, secretário de Estado para a Cooperação Internacional das Comunidades, referiu que "é pretensão do Governo de Angola, no âmbito da cooperação com o Egipto, fortalecer as relações comerciais" e, nesse sentido, pretendem "aproveitar o forte potencial" da engenharia industrial, salientando-se "os electrodomésticos, componentes de automóveis, indústrias eléctricas e electrónicas".
Dados do comunicado, citados pelo Jornal de Angola, revelam que o valor médio anual das exportações da indústria do Egipto de máquinas e apetrechos ficou em cerca de 6,15 mil milhões de dólares entre 2016 e 2019, com Angola a espelhar 0,01 por cento do total das exportações só no ano passado.