O hospital de campanha, que terá a capacidade de 200 camas, está preparado para receber pacientes com covid-19, e no pós-pandemia servirá para assistência médica e medicamentosa a doentes com cólera, febre-amarela e outras patologias.
Em declarações à Lusa, o director do gabinete provincial da Saúde daquela província, José Jimy Nhunga, disse que "o hospital é uma mais-valia, um lugar específico para atendimento de casos da covid-19", embora na Lunda Norte não haja registo de contágios.
A Lunda Norte, leste de Angola, partilha uma vasta fronteira terrestre e fluvial de mais de 750 quilómetros com a RDCongo.
Segundo o responsável, o governo da província está atento ao evoluir da pandemia no país vizinho, sendo que uma das províncias da RDCongo com proximidade geográfica ao município do Cuango, Lunda Norte, tem já um caso positivo.
Assegurou que a vigilância das fronteiras, apesar de encerradas, "continua a ser reforçada" com efectivos da polícia e das Forças Armadas Angolanas (FAA), admitindo, no entanto, que "humanamente não há recursos para controlar toda a extensão".
"Mas, temos estado a fazer, nos postos fronteiriços, temos as fronteiras encerradas, mas há um reforço de vigilância com efectivos da polícia e das FAA", garantiu.
Sem casos positivos, a Lunda Norte conta com mais de 15 pessoas em quarentena institucional.
O primeiro hospital de campanha do país, no município de Viana, em Luanda, foi inaugurado a 2 de Junho, pelo Presidente, João Lourenço, e já assiste pacientes com covid-19.
Além de Luanda e Lunda Norte, as autoridades garantem montar mais hospitais de campanha nas províncias do Zaire e Cabinda.