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Governo procura privados para novo Centro Político-Administrativo

O Governo está à procura de investidores privados para avançar com a construção do novo Centro Político-Administrativo de Luanda, que vai juntar os serviços dos vários ministérios e outros órgãos de apoio.

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A intenção surge num despacho assinado pelo Presidente João Lourenço, com data de 13 de Junho e ao qual a Lusa teve acesso, que cria uma comissão intersectorial para "negociar a aquisição de terrenos" para este novo Centro Político-Administrativo, na capital, e para "propor a modalidade contratual com potenciais investidores privados" para a sua implementação.

O actual Centro Político-Administrativo de Luanda centra-se na zona da Cidade Alta, na capital, com vários ministérios e serviços protocolares ali instalados, além do próprio Palácio Presidencial e das novas instalações da Assembleia Nacional.

Vários outros ministérios estão ainda instalados pelo centro de Luanda, em edifícios construídos no período colonial, há mais de 40 anos.

No mesmo despacho presidencial é apontada a "necessidade de se dar início ao processo de implementação do Centro Político Administrativo na província de Luanda, que deve congregar diversos departamentos ministeriais, secretariado do conselho de ministros e serviços de apoio e protocolares".

Para o efeito é criada a comissão intersectorial, que terá 120 dias para definir os moldes deste negócio, sob coordenação do ministro da Construção e Obras Públicas, integrando ainda ministro das Finanças, ministra do Ordenamento do Território e Habitação, governador da província de Luanda, director-geral do Gabinete de Obras Especiais do Governo.

Em 2014, o Governo inaugurou nos arredores de Luanda o complexo administrativo "Clássicos de Talatona", para receber os serviços de vários ministérios, num investimento superior a 210 milhões de dólares, conforme contrato de compra e venda dos edifícios.

Inclui nomeadamente duas torres com dez pisos cada, um parque de estacionamento subterrâneo para mais de mil automóveis, uma biblioteca com 4400 metros quadrados, três restaurantes, cantina para os funcionários dos vários ministérios, um ginásio e um pavilhão desportivo.

O investimento foi na altura justificado pelo Executivo com a "necessidade de se melhorar as condições de trabalho dos órgãos do aparelho do Estado, com vista ao aumento da eficiência e da eficácia da actividade do Governo", além de dotar alguns departamentos ministeriais de "instalações condignas", recebendo os serviços centrais de pelo menos seis ministérios e 12 mil funcionários públicos.

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