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Ministro do Urbanismo apela a investimento privado para alternativas no acesso à habitação

O ministro do Urbanismo e Habitação de Angola apontou como uma das soluções para diminuir o défice de ainda cerca de 1,5 milhões de casas o investimento privado em moradias para arrendamento.

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José da Conceição e Silva discursava na abertura da 3.ª Conferência Internacional do Imobiliário com o tema: “Projectos Habitacionais – Desafios e Sustentabilidade na Construção e Manutenção”, em alusão aos 17 anos de existência da Imogestin, empresa responsável pelas novas centralidades de Luanda.

O governante angolano considerou “absolutamente notável” os passos dados em menos de dez anos por Angola no que diz respeito à produção habitacional, mas reconheceu que devido ao défice ainda existente é necessário investir-se em critérios de sustentabilidade. “É necessário que a iniciativa privada invista de forma significativa nesta área, apostando de forma particular num segmento um tanto esquecido que são os edifícios destinados à habitação para arrendamento, aumentando assim as alternativas no acesso à habitação”, sublinhou o ministro.

Segundo o titular da pasta do Urbanismo e Habitação, o baixo poder aquisitivo de segmentos consideráveis de cidadãos, as dificuldades no acesso ao crédito à aquisição de casa própria impõem que se encontrem ofertas habitacionais alternativas, cuja viabilidade passa essencialmente pelo arrendamento.

O ministro salientou ainda a necessidade de se prosseguir com as medidas de reforma do arrendamento urbano, disponibilizando ao mercado instrumentos de redução do risco, no sentido da sua dinamização, do aumento da oferta de casas para arrendar e consequentemente da redução do valor das rendas. “As realidades sociais e demográficas do país deverão cada vez mais estar reflectidas no novo desenho urbano, promovendo uma habitação que corresponda quanto às formas e tipologias, mas também a flexibilização e adaptação às situações de mobilidade condicionada”, frisou.

Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração da Imogestin, Rui Cruz, referiu que a habitação social, bem como a chamada habitação a custos controladas é, nos próximos tempos, uma necessidade para satisfazer a procura gerada por esse segmento. “Se o papel do Estado é determinante na regulação desse segmento de mercado imobiliário para a protecção das pessoas economicamente mais vulneráveis, o sector privado pode ver nele uma oportunidade para aumentar a oferta de materiais de construção, bem como assegurar a participação nesse esforço que o executivo vem desenvolvendo”, disse Rui Cruz.

De acordo com o responsável, a participação da Imogestin na gestão de alguns projectos habitacionais do Governo pode gerar oportunidades para se alargar os benefícios ao sector privado angolano, nas áreas de construção, indústria de materiais de construção e na própria mediação mobiliária.

Rui Cruz anunciou que no próximo dia 25 deste mês será iniciada a entrega de casas aos mais de 5400 cidadãos que pagaram e não receberam as casas, em conformidade com as orientações e decisões tomadas pelo Executivo angolano sobre esta matéria.

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