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Lula quer linha de financiamento para Angola comprar aviões da Embraer

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, disse a João Lourenço que o Brasil vai procurar facilitar a venda de aviões da fabricante de aeronaves brasileira Embraer a Angola através de uma linha de financiamento.

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"A Embraer está à disposição para restaurar a frota angolana de aeronaves Super Tucano e fornecer novas aeronaves", disse o chefe de Estado brasileiro, durante uma conferência de imprensa no Palácio Planalto, em Brasília.

"É bom para o Brasil, é bom para a Angola, eu acho que a gente consegue fazer um esforço e ajudar a Angola a comprar esses aviões", reforçou.

Para isso, Lula da Silva prometeu que vai encaminhar o pedido ao Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) "para financiar a venda dos três aviões KC-390 que Angola quer comprar, um substituto do Hércules". 

A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais até 150 lugares, tem mais de 100 clientes em todo o mundo e mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras actividades, no continente americano, África, Ásia e Europa.

Em Portugal, é accionista maioritária da OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, em Alverca, com 65 por cento do capital.

Presidente brasileiro quer reforçar investimentos e trocas comerciais com Angola e elogia "bom pagador"

"É importante lembrar que o Brasil já teve um fluxo comercial com Angola de 4,5 mil milhões de dólares e agora estamos em apenas 1,5 mil milhões de dólares", começou por dizer Lula da Silva, perante o Presidente João Lourenço, no Palácio Planalto, em Brasília. 

"Significa, meus caros ministros brasileiros e ministros de Angola – e ministras também – que nós temos que trabalhar mais para que a gente faça o nosso fluxo de comércio exterior ser do tamanho que a gente pensa que são os nossos países", reforçou. 

Para que essa ambição seja concretizada, disse Lula da Silva, "é importante que a Petrobras volte a ter uma participação activa na prospecção, na pesquisa de combustível fóssil, de petróleo e também de gás". 

O chefe de Estado brasileiro referia-se a um dos quatro acordos que foram assinados entre os dois países, entre os quais um entre as gigantes petrolíferas estatais Petrobras e Sonangol para desenvolver cooperação nas áreas da energia renovável, do petróleo, do gás, da tecnologia e da formação.

"Nós estamos modernizando os instrumentos de garantia de crédito às exportações. Angola, é importante lembrar isso, sempre foi um bom pagador e quitou sua dívida com cinco anos de antecedência", frisou o chefe de Estado brasileiro. 

"Assinaremos hoje importante acordo que viabilizará a retomada das linhas de financiamento e que ensejará novas oportunidades para as economias", disse.

Por outro lado, João Lourenço elogiou o facto de o Brasil estar de volta a África e apelou ao regresso ao seu país de empresas brasileiras para a construção de infraestruturas públicas e também que o Brasil volte a abrir uma linha de financiamento para cobertura do crédito à exportação. 

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