O desenvolvimento dos dois campos – Cameia e Golfinho – inserem-se no projecto Kaminho, orçado em seis mil milhões de dólares (5,52 mil milhões de euros), envolvendo a conversão de um petroleiro da classe VLCC (Very Large Crude Carrier) em Unidade de Produção, Armazenamento e Descarga (FPSO), ligado a uma rede de produção submarina.
"O projecto prevê mais de 10 milhões de horas de trabalho em Angola, principalmente nas operações 'offshore' e nas actividades de construção em estaleiros locais", segundo um comunicado da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG).
Este FPSO foi desenhado para minimizar as emissões de gases de efeito de estufa e eliminar por completo a queima de gás em rotina.
É completamente eléctrico e terá o gás associado a ser totalmente reinjectado nos reservatórios, com início da produção previsto para 2028.
O Bloco 20/11, operado pela Total, tem como parceiro a petrolífera nacional Sonangol e a estatal da Malásia, Petronas.
O presidente da ANPG, Paulino Jerónimo, citado no comunicado, destacou a importância deste primeiro desenvolvimento na zona marítima da Bacia do Kwanza "para mostrar a abertura de novas fronteiras petrolíferas em Angola", manter Angola no topo da lista dos produtores petrolíferos africanos e gerar receitas.
Este é o sétimo FPSO da Total em Angola e o primeiro desenvolvimento na Bacia do Kwanza, segundo o presidente da petrolífera francesa, Patrick Pouyanné.