A linha de recuperação verificou-se o ano passado, com Angola a registar uma recuperação na ordem dos 0,7 por cento. De acordo com as projecções do FMI, os resultados positivos vão-se manter, esperando-se que este ano o PIB registe um crescimento de 3,7.
Os prognósticos – apresentados por Marco Souto, representante residente do Fundo Monetário Internacional (FMI), no programa "Directo ao Ponto", exibido pela TV Zimbo na Terça-feira – apontam igualmente para um crescimento do PIB de 3,3 por cento e de 3,8 por cento em 2023 e 2024, respectivamente.
Já para 2025, as projecções estimam que o PIB se posicione nos quatro por cento.
Acerca da recuperação de 2021, o responsável, citado pelo Jornal de Angola, esclareceu que esta teve na sua base a positiva performance das áreas das pescas, extracção e refinação de petróleo e intermediação financeira. Estes factores acabaram por contradizer os cálculos do FMI e Banco Mundial, das agências de notação de risco e do Governo, que estimavam um crescimento mais chegado ao zero.
Marco Souto classificou o ano de 2020 como "muito desafiante" para a economia do país, explicando que no ano passado a recuperação se deveu às reformas levadas a cabo nos três anos ao abrigo do programa do Governo e do FMI.
Previu igualmente que o sector não petrolífero assumirá uma posição mais predominante durante o percurso de recuperação que se estende até 2025, escreve o Jornal de Angola.
Para este ano, o sector não petrolífero deverá crescer 3,4 por cento enquanto o petrolífero 1,6 por cento. As previsões apontam para que, a partir do próximo ano, o domínio petrolífero verifique desenvolvimentos nulos.
Espera-se que "a produção seja estabilizada trazendo um crescimento nulo, mas sustentável e constante ao longo desse período", explicou o responsável, acrescentando que será "importante que sejam tomadas medidas para garantir uma produção equilibrada e sustentada ao longo do médio e longo prazo", disse, ainda citado pelo Jornal de Angola.