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Angola com mais de 15 mil crimes e acima de 10 mil detidos no primeiro trimestre

Angola registou, no primeiro trimestre deste ano, 15.886 crimes diversos e 10.542 detenções, destacando-se os roubos, especialmente de viaturas, raptos e sequestros relâmpagos, informou a Polícia Nacional.

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De acordo com os Resultados Operacionais do I Trimestre de 2022 da Polícia Nacional, o número de crimes registados indica uma diminuição em 2,5 por cento comparativamente ao mesmo período do ano anterior.

Durante o período, a polícia realizou 833 micro-operações dirigidas, desmantelou 88 grupos de marginais, tendo esclarecido 9650 crimes, tendo ainda apreendido 277 armas de fogo e recuperado 39 viaturas.

Na capital, Luanda, a polícia registou "um controlo da criminalidade na ordem de 90 por cento", tendo sido realizadas 590 micro-operações, que resultaram na detenção de 2720 elementos, desmantelados 24 grupos, apreendidas 114 armas de fogo, o que permitiu esclarecer 2.557 crimes e recuperar 13 viaturas.

Depois de Luanda (40 por cento), as províncias com maior número de crimes foram Benguela (12 por cento), Huíla (9 por cento), Zaire (4 por cento), Moxico (3 por cento).

No que se refere aos crimes de raptos e sequestros relâmpagos, a polícia revela que foram cometidos com intenção de roubar ou de cometer crimes sexuais, sendo que os marginais colocam as suas vítimas temporariamente nessa condição.

Em conferência de imprensa, o director adjunto de Comunicação Institucional e Imprensa da Polícia Nacional, subcomissário Mateus Rodrigues, manifestou ainda preocupação com os crimes de vandalização de bens públicos.

"Tivemos 10 casos de vandalização de meios de transportes públicos, tivemos dois casos de vandalização de instalações partidárias e tivemos vandalização de um ramal do caminho-de-ferro nas rotas Benguela/Bié e Namibe/Cuando Cubango", referiu.

Mateus Rodrigues manifestou ainda preocupação com a "média notável" de 16 crimes com recurso a arma de fogo por dia, apesar de representar uma redução com igual período de 2021.

Os casos de justiça por mãos próprias marcaram também o primeiro trimestre do ano, que resultaram na morte de cidadãos, que cometeram crimes de roubos e outros, por carbonização.

"Aconselhamos os cidadãos a acorrem sempre às autoridades e recordamos que ao cometerem um crime de homicídio contra alguém que cometeu um crime de roubo ou de furto, estamos a cometer um crime mais grave do que aquele que a pessoa sobre a qual agimos por mãos próprias cometeu", disse Mateus Rodrigues.

Relativamente aos acidentes de viação, verificou-se uma redução de 12 por cento, bem como no número de mortos (24 por cento) e feridos (12 por cento).

"A cada 10 acidentes duas pessoas foram mortas, taxa de gravidade igual ao período anterior. Os atropelamentos mantêm as cifras em 36 por cento dos acidentes, considerando que 27 por cento são por choque entre veículos e velocípedes", refere o documento.

 

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