De acordo com Manuel Pinheiro, as declarações da defesa de Carlos de São Vicente podem ter um grande impacto na reputação do país.
Citado pelo VOA Português, o jurista recordou que François Zimeray não pode exercer em Angola por não ter carteira profissional no país, mas isso não impede as suas declarações de prejudicarem a imagem de Angola.
"Tem impacto até na atracção de investimentos em Angola, um país que não assegura os direitos fundamentais dos cidadãos, é logo uma ameaça para o investimento privado", afirmou o jurista.
"Ninguém quer investir num território sem garantia jurídica", acrescentou.
Por outro lado, Agostinho Canando, jurista, defendeu que a acusação de que Carlos de São Vicente é "um bode expiatório" pode ajudar a encontrar os verdadeiros culpados: "Não podemos considerar isso só mais uma denúncia porque esta denúncia pode estar a chamar a atenção para um real problema que pode aparecer mais à frente ou seja, provavelmente, estejamos a ser chamados à atenção para que olhemos para os verdadeiros culpados", indicou.
O jurista Pedro Kaparakata também concorda com a visão de Agostinho Canando. O especialista disse que o empresário "é o gestor do património da família Agostinho Neto" e sublinha que já tinha afirmando que Carlos de São Vicente "é apenas mais um bode expiatório para o momento que se vive agora".
Recorde-se que Carlos de São Vicente foi detido em Setembro do ano passado., encontrando-se actualmente na Cadeia de Viana, Luanda.