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Operadores turísticos de Cabo Ledo querem ser incluídos nas medidas de apoio económico

Empresários turísticos de Cabo Ledo e guias turísticos do país alertaram o Governo para o “erro crasso” de excluir o sector turístico das medidas de estímulo económico e pedem para ter acesso ao crédito no âmbito da covid-19.

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Numa carta endereçada aos ministros de Estado para a Coordenação Económica, da Economia e Planeamento e da Cultura, Turismo e Ambiente, os doze operadores turísticos e a Associação dos Guias de Turismo e Servidores Artísticos de Angola (AGTSA) afirmam que o sector é um dos mais atingidos pela pandemia e temem que a paralisação das actividades arraste para o desemprego milhares de angolanos.

"Solicitamos a inclusão do nosso sector nos pacotes de crédito no âmbito da covid-19. É com este crédito que timidamente poderemos atenuar os desastres da pandemia", sublinham os doze empresários (Kurika Kissama Lodge, Mangais, Kwanza Lodge, Boutique Lodge Sangano, Complexo O Golfinho, AGOSQUEP, Baía de Cabo Ledo, Complexo Doce Mar, Queiroz Point, Resort Tropical Carpe Diem, Resort Dona Téo e Restaurante 120 na Brasa) e a AGTSA na carta entregue a 12 de Maio, a que a Lusa teve acesso.

O sector turístico de Cabo Ledo, uma popular zona balnear a cerca de 120 quilómetros da capital dá trabalho a cerca de 500 pessoas, prestadores de vários serviços e envolve "uma ampla cadeia de serviços com os nossos fornecedores", refere a carta, sublinhando que "a hotelaria e a restauração estão entre os gigantes da empregabilidade" no país.

Além disso, a comuna "encontra-se privada de água, luz e saneamento desde a Independência" e o acesso da população local a estas infra-estruturas "depende muito do fornecimento do ramo hoteleiro que agora se vê reduzido a uma actividade nula".

Os empresários pedem, por isso, acesso às linhas de crédito e programas de estímulo à economia que permitam assegurar a subsistência dos trabalhadores e manter "as relações sociais e económicas que interessa perpetuar com as comunidades" que deles de dependem.

"Alertamos para o erro crasso de omitir, excluir ou relegar para a periferia das prioridades o sector da hotelaria e restauração", destacam, na carta, acrescentando que este "lapso" ainda pode ser revisto e considerando "fundamental" propor soluções de mitigação do efeito da pandemia na hotelaria que gera empregos directos e indirectos e induz outras actividades como o ecoturismo e agronegócio.

Segundo um dos empresários, juntou-se também à iniciativa a Associação dos Cozinheiros e Pasteleiros de Angola.

O Governo aprovou, em Setembro do ano passado o plano director do Pólo de Desenvolvimento Turístico de Cabo Ledo, que se prevê desenvolver em 15 anos, com investimentos avaliados em três mil milhões de dólares, numa área de três mil hectares.

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