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Jovem de 14 anos morto pela polícia que tentava dispersar populares. É o segundo caso em cinco dias

A polícia anunciou esta Quinta-feira a morte de um jovem de 14 anos, baleado pelas forças da ordem quando tentavam dispersar um aglomerado, o segundo incidente do género em cinco dias.

: Incidente aconteceu no mercado e praia das Tombas, quando a polícia tentava dispersar populares
Incidente aconteceu no mercado e praia das Tombas, quando a polícia tentava dispersar populares  

Segundo o porta-voz da Polícia Nacional, Valdemar José, o caso aconteceu no mercado e praia das Tombas, em Benguela, que se dedica à venda de peixe. As forças de segurança terão sido chamadas ao local onde decorria uma contenda entre vendedoras de peixe.

"Infelizmente foram recebidas com paus, facas, catanas, pedras, etc.", sublinhou, acrescentando que se a polícia é chamada para repor a ordem "não é de todo aceitável" que "seja recebida de forma contundente pelos cidadãos ao ponto de termos alguns polícias feridos".

Segundo Valdemar José, se não fossem efectuados tiros para dispersar os populares não se sabe "qual seria o desfecho".

Em resultado desta acção, a polícia "feriu um cidadão de 26 anos e acabou por matar um outro cidadão de 14 anos", adiantou, lamentando o sucedido.

O Comando Província de Benguela da Polícia Nacional adiantou num comunicado que foram detidos três jovens, dois de 16 e um de 19 anos de idade, estando no "encalço de outros implicados foragidos".

Este é o segundo caso, em cinco dias. No Sábado, um outro jovem, de 21 anos, em Luanda, morreu na sequência de disparos efectuados por efectivos policiais, para dispersar um ajuntamento de pessoas, na zona do Rocha Pinto, em Luanda.

De acordo com a polícia, os cidadãos "partiram para agressão contra as forças da ordem, arremessando paus, pedras e garrafas", mas familiares do jovem alegam ter sido morto porque não estava a usar máscara.

A polícia tem sido acusada de uso excessivo de força durante o estado de emergência, que Angola cumpre desde o dia 27 de Março, para conter a pandemia de covid-19.

Por seu lado, as autoridades policiais têm reportado actos de desobediência e mesmo agressões físicas dos cidadãos aos agentes.

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