Trata-se igualmente da quarta subida semanal desta cotação, informal, desde Março, conforme rondas habituais realizadas pela agência Lusa no mercado de rua da capital.
Na segunda quinzena de Março, cada dólar chegou a ser vendido pelas kinguilas de Luanda, como são conhecidas as mulheres que se dedicam à compra e venda de divisas, a 340 kwanzas, mínimos do ano, ainda assim mais do dobro da taxa de câmbio oficial definida pelo Banco Nacional de Angola (BNA) e que está inalterada há um ano.
Na ronda realizada há uma semana pela Lusa, foi possível encontrar em Luanda quem vendesse cada dólar entre os 360 e os 370 kwanzas, praticamente idêntico à semana anterior, cotação que hoje subiu para entre 365 e 380 kwanzas, conforme os bairros da capital.
Ainda assim, estes valores contrastam com o pico de 500 kwanzas por cada dólar dos primeiros dias de Janeiro, no mercado de rua.
Actualmente, mantêm-se as limitações no acesso a divisas nos bancos, inclusive nas contas em moeda estrangeira, situação que torna a venda paralela, para muitos nacionais e estrangeiros, a única forma de aceder a dólares ou euros em Angola.
A taxa de câmbio oficial cifra-se actualmente em cerca de 166 kwanzas por cada dólar, quando antes do início da crise das receitas do petróleo, ainda em 2014, era de 100 kwanzas.
As quebras consecutivas na cotação do mercado informal são justificadas no mercado informal com a falta de kwanzas suficientes para realizar as trocas, valorizando dessa forma a moeda nacional.