A intenção foi divulgada na sequência da aprovação, na Quinta-feira, em reunião conjunta das comissões Económica e para a Economia Real do Conselho de Ministros, da alteração da tabela de taxas de portagem e autorização de cobrança na ponte sobre o rio Kwanza, com vista a "assegurar a comparticipação dos utentes nos custos da sua manutenção".
De acordo com o ministro da Construção angolano, Waldemar Pires Alexandre, a introdução de portagens está a ser alvo de estudo pelo Fundo Rodoviário e deverá avançar "à medida da recuperação das estradas".
"Vem auxiliar a gestão das infra-estruturas rodoviárias, no que toca às actividades de conservação e manutenção das estradas. As receitas que serão provenientes da cobrança das portagens deverão também estar associadas à melhoria das vias", apontou o ministro, em declarações emitidas pela rádio pública.
Acrescentou que já está em curso a identificação de locais e vias para "amostragem" deste processo, nomeadamente com portagens a serem cobradas em "estradas nacionais, nas proximidades das pontes de grande envergadura e nos postos fronteiriços".
O governante disse ainda que a regulamentação desta medida, nomeadamente com critérios na aplicação de portagens, valores e locais, será feita por um decreto executivo conjunto a emitir pelos ministérios das Finanças e da Construção.
Além da ponte sobre o rio Kwanza, nos arredores de Luanda, também é cobrada uma taxa de portagem na descida da estrada da Serra da Leba, entre as províncias da Huíla e do Namibe, no sul do país, construída ainda no tempo colonial português e considerada uma das maiores obras de engenharia em Angola.