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Telecomunicações

Angola quer usar satélite para vender telecomunicações a países africanos

O ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação de Angola garantiu que a crise não vai condicionar o lançamento do primeiro satélite angolano, em 2017, o qual permitirá vender serviços de telecomunicações a outros países.

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José Carvalho da Rocha falava numa conferência de imprensa realizada em Luanda, no âmbito de encontros regulares de membros do Governo com os jornalistas, tendo sublinhado o objectivo de rentabilizar o investimento no satélite AngoSat-1, avaliado em 2013 em 37 mil milhões de kwanzas.

"O satélite vai cobrir todo continente africano e uma parte da Europa. Nós vamos ter capacidade para servir as nossas necessidades e prestar serviços a outros países da região de cobertura do Angosat. Temos que procurar aqueles projectos que possam trazer divisas para o nosso país", explicou o ministro.

A construção do satélite, a cargo de um consórcio russo, arrancou a 19 de Novembro de 2013, cerca de 12 anos depois de iniciado o processo, e deverá prolongar-se por 36 meses, calendário que o Governo garante estar a ser cumprido integralmente.

O AngoSat-1 vai disponibilizar serviços de telecomunicações, televisão, Internet e governo electrónico, devendo permanecer em órbita "na melhor das hipóteses" durante 18 anos. "Não só vai prestar serviços à população, como a toda a região, vai também provocar uma revolução no mundo académico angolano, com a transferência de conhecimento", sublinhou o ministro José Carvalho da Rocha.

A província de Luanda vai receber um dos dois centros de controlo do primeiro satélite angolano, estando prevista uma outra em Korolev (Rússia). Este projecto espacial envolve os governos de Angola e da Rússia e o centro de controlo agora em construção em Luanda será operado por 45 técnicos especializados.

Além de um consórcio russo, a construção do primeiro satélite de Angola - que deverá estar concluído até Novembro de 2016 e será lançado no primeiro semestre do ano seguinte - envolve cerca de 30 empresas subcontratadas e a formação na Rússia de técnicos angolanos para a sua operação, cujo primeiro grupo deverá iniciar funções em Setembro próximo.

O AngoSat-1 é um dos sete projectos previstos ao abrigo do Programa Espacial Angolano e que envolve a formação de quadros, a transferência de conhecimentos nesta área e o lançamento da Agência Espacial Angolana.

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