Luís Paulo Salvado falava à Lusa após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre, destacando o "marco histórico" alcançado com o crescimento de 52 por cento do negócio fora de Portugal, que "pela primeira vez na história" da empresa ultrapassou o negócio doméstico, passando a representar 51 por cento do total acima do objectivo anual de 40-45 por cento.
Face aos resultados apresentados, o gestor reforça ainda que "todos os indicadores tiveram uma evolução favorável e consistente", o que mostra que "a internacionalização está a ser um sucesso" e "reflecte que as principais linhas estratégicas estão a ter bons resultados".
O responsável reiterou que a Europa representa mais de metade da actividade não doméstica, mas sublinhou que "África continua a ser para a empresa um continente de oportunidades", reconhecendo que é preciso uma adaptação em países como Angola, após a desvalorização do preço do petróleo.
"É óbvio que alguns países com esta situação do petróleo vão ter de rever os planos de investimento e estão a fazê-lo, é o caso de Angola. Angola tem alturas de maior ou menor crescimento, consoante o preço do petróleo, mas continua a ser uma economia em crescimento e nós também temos de nos saber adaptar a estas mudanças. A nossa operação em Angola é de médio e longo prazo, continuamos a fazer projectos e, dentro do novo normal, as coisas estão estabilizadas", considerou.
Luís Paulo Salvado afirmou ainda que as operações em Angola e Moçambique, "estão a correr bem, obviamente no novo contexto", e destacou ainda os negócios existentes em países como o Gana, Quénia e Argélia, este último onde desenvolveram uma solução para um banco, além dos que mantêm no Médio Oriente.