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Algodão: fábrica da Carrinho começa a processar ‘ouro branco’ no Lobito

O Grupo Carrinho arrancou, este mês, com o processamento de algodão no Lobito, na província de Benguela. O ‘ouro branco’ está a ser processado numa fábrica que se situa na zona industrial da Canata, cujo objectivo passa pelo fornecimento deste produto à indústria têxtil.

: AFP (Via: VOA)
AFP (Via: VOA)  

Empregando um total de 26 pessoas (21 operam maquinaria e cinco distribuem-se pelos ramos de recursos humanos, controlo de qualidade e armazém), esta fábrica está equipada com sete descaroçadeiras e sete prensas, vindas da China, capazes de produzir aproximadamente 60 toneladas mensais, contudo, inicialmente a produção será apenas metade da capacidade total, dado que nem todas as máquinas estão a funcionar.

"Nesta fase inicial, vamos produzir apenas 30 toneladas, porque nem todas as máquinas estão em funcionamento", justificou o director de pesquisa e desenvolvimento da Carrinho Agri, Edmar Martins, acrescentando que este projecto permitirá diminuir a importação realizada pela Textaf, ex-África Têxtil, que também faz parte do grupo.

Citado pela Angop, o responsável explicou que as descaroçadeiras são responsáveis por separar o caroço da pluma, que é então posta na prensa, sendo compactada em formato de fardo, para posteriormente ser remetida para a unidade fabril.

No que diz respeito à eventualidade de haverem constrangimentos no decorrer da produção, o director disse que o único se relaciona com o clima que "oscila bastante" em algumas regiões, esclarecendo: "Há vezes em que num ano chove muito e noutro pouco e isso interfere no desenvolvimento da cultura".

No sentido de prevenir o risco de interrupção da unidade fabril devido à falta de matéria-prima, afirmou que o produto é armazenado e processado de maneira gradual.

Sobre a origem da matéria-prima, Edmar Martins fez saber que, actualmente, chega por camião de Cacuso (Malanje), no qual a Carrinho Agri possui contrato com diversas famílias de agricultores.

"A Carrinho Agri fornece todos insumos ao produtor, como sementes, fertilizantes e assistência técnica, e este paga com a quantidade correspondente àquilo que recebeu, ficando com o remanescente", explicou.

Por outro lado, conforme o responsável, a empresa já está focada em impulsionar esta cultura e, por essa razão, tem realizado estudos em diversas áreas, como Ganda e Porto Amboim, onde existem terrenos adequados para o cultivo do produto, escreve a Angop.

"Estamos a difundir esta cultura cada vez mais para servir como alternativa ao produtor, para não plantar apenas produtos alimentares com o qual enfrenta dificuldades como o roubo ou animais que invadem a lavoura", referiu, considerando ainda que, com o 'ouro branco', o produtor possuirá mais segurança e enfrentará menos riscos.

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