Segundo a responsável, o ministério da Indústria e Comércio, através daquele instituto, está a trabalhar com os Gabinetes de Desenvolvimento Integrado dos Governos Provinciais no sentido de identificar os 12 produtos mais consumidos e mais produzidos de cada localidade, o que vai permitir fazer um ajuste na cesta básica de cada região, e identificar os produtos necessários para poderem ser integrados no Programa de Desenvolvimento da Indústria Rural.
"O ideal seria que, pelo menos, nos próximos dois anos conseguíssemos ter uma indústria, um município", afirmou, em comunicado a que o VerAngola teve acesso.
Filomena Oliveira explicou também que, ao nível das infraestruturas da indústria, estão no IDIIA 22 polos industrias em todo o país, sendo que cerca de 35 mil hectares estão disponibilizados pelo Executivo para que haja terra disponível para o efeito. "Temos já construídos 3 Polos Industrias Rurais, um no Tomboco, um em Cacuso e o terceiro na Canjala. E vamos prosseguir com os restantes sete que estão programados", avançou.
Questionada sobre como avalia o quadro actual de desenvolvimento das indústrias em Angola, Filomena Oliveira, disse que o sector tem demonstrado um crescimento acentuado ao nível de todo o país, destacando as indústrias transformadoras ligadas ao agronegócio, às minas, granitos e mármores, às metalomecânicas e às madeiras.
Avançou ainda que a suspensão por três anos da exportação de madeira demonstrou que é possível poupar os 89 milhões de dólares gastos nos últimos três anos com a importação de mobília.
Os fóruns realizados durante o quinto salão da indústria angolana juntaram empresários e quadros do sector públicos, académicos e outros especialistas que abordaram temas transversais da indústria.
Dados da organização indicam que, ao longo dos quatro dias, mais de 9500 pessoas visitaram o evento, o qual contou com mais de 235 expositores e gerou mais de 600 postos de trabalho.
