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Angola perspectiva para 2023-2027 crescimento económico de 3,6 por cento

O ministro da Economia e Planeamento disse esta Quarta-feira que Angola perspectiva para 2023-2027 um crescimento de 3,6 por cento, com um desempenho positivo inicial do sector petrolífero e queda a partir de 2025, “tendo em conta as reservas provadas”.

: Ampe Rogério/Lusa
Ampe Rogério/Lusa  

Mário Caetano João, que fez parte do primeiro painel da primeira edição do Angola Economic Outlook 2023, realçou que Angola tem uma população a crescer cerca de 3 por cento ao ano, cerca de um milhão de angolanos com cerca de 800 mil por ano a irem para mercado de trabalho, mas a economia tem estado a crescer muito abaixo do seu potencial.

O governante deu ainda nota que Angola tem um índice de capital humano muito baixo, em torno de 0,36 por cento, o que faz com que efectivamente não se consiga "tirar o máximo de proveito do dividendo demográfico".

"Vamos crescer ligeiramente acima do crescimento populacional e vamos trabalhar agora para podermos racionalizar essa fecundidade, para podermos tirar maior proveito do dividendo demográfico e conseguirmos crescer um bocadinho mais, há um trabalho pela frente, nós estamos a perspectivar em baixa de acordo com o que temos em cima da mesa", referiu.

Questionado sobre qual o balanço dos riscos do crescimento económico, Mário Caetano João disse que este é o cenário "mais pessimista, realista" de acordo com os determinantes de crescimento económico previstos, manifestando-se optimista porque "o país está num franco crescimento".

Por sua vez, o governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, disse que a meta a curto prazo é de redução do índice da inflação para um dígito, "segurar depois" em torno de 4 por cento a 6 por cento.

"Esta é a meta definida pelos países que compõem a nossa região austral do continente, a SADC [Comunidade de Desenvolvimento da África Austral], são critérios de convergência macroeconómica e é aí onde nós também nos estamos a situar", salientou.

José de Lima Massano vincou a necessidade de "rapidamente chegar a um dígito", prevendo-se para este ano que a inflação situe entre 9 por cento e 11 por cento, e nos anos seguintes manter o sentido de queda.

"Não temos um compromisso determinado com a taxa de câmbio apesar de compreender que a taxa de câmbio tem um efeito de transmissão da formação de preços na nossa economia, ainda muito dependente de importações", frisou.

Sobre as reservas, o governador do banco central adiantou que o compromisso é de mantê-las no patamar actual, com a reservas a cobrir seis meses de importações de bens e serviços, "a dos níveis mais altos" no continente.

"Em termos brutos temos países com reservas internacionais bem acima daquilo que Angola neste momento dispõe, mas em termos de meses de cobertura oferecemos os níveis mais altos", disse.

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