O responsável falava na passada Terça-feira, no âmbito do Briefing da Economia, do ministério da Economia e Planeamento, cujo tema central passou pela concretização da segunda edição do Angola Startup Summit. "Na ocasião, o PCE do Banco de Comércio e Indústria, Renato Borges, anunciou que a sua instituição tem disponíveis 10 milhões de kwanzas para financiar o participante que apresentar a melhor solução tecnológica para o agronegócio", lê-se numa nota do ministério da Economia e Planeamento, a que o VerAngola teve acesso.
No briefing, refere a nota, foi igualmente avançado que o evento "vai facilitar o financiamento a pelo menos três startups via capital de risco e crowdfunding, a incubação de 10, e a aceleração de mais 10 startups".
De acordo com o secretário de Estado para a Economia, Ivan dos Santos, o Governo encontra-se "comprometido com o crescimento destas empresas como parte das estratégias para o desenvolvimento da economia, por isso, foi criado, em 2022, o Angola StartUp Summit", refere o comunicado.
Assim, o certame, que vai decorrer entre 27 e 29 de Abril no Instituto Superior Politécnico de Tecnologia e Ciências (ISPTEC), tem como objectivo estimular a concretização de negócios e investimentos "para as iniciativas lançadas por jovens" nacionais, ambicionando igualmente promover "uma maior cooperação entre as startups e as instituições públicas e privadas".
"O INAPEM pretende ser parte activa deste processo de transformação, promovendo o nascimento de canais e iniciativas que possam estimular a criação e formalização de pequenas empresas, a sua efectiva implementação, e a sua consolidação no tecido económico nacional", lê-se ainda na nota.
Segundo o secretário de Estado "esta visão nasce do facto de Angola não estar imune ao processo de transformação digital que o mundo enfrenta, com iniciativas que já têm gerado impacto na economia real, como o aumento do comércio electrónico (e-commerce) e de empresas com funcionalidades concentradas no digital, alimentadas também pelo aumento da conectividade, havendo cada vez mais angolanos conectados a internet".
"Como consequência disso, tem havido um aumento nos serviços dedicados às startups, com maior ênfase para os serviços financeiros, como os pagamentos através de telemóveis", acrescentou o governante.
Na ocasião, Ivan dos Santos também anunciou que, para "estimular e influenciar as startups a pensarem em soluções inovadoras e trazerem resoluções, através de ideias disruptivas, dos vários problemas que a sociedade enfrenta", o certame vai ter três desafios que serão benéficos para o país: o MEP Challenge, em que o ministro da Economia e Planeamento lançou o desafio às startups de encontrarem "soluções inovadoras para os problemas e disfunções identificadas no mercado"; o Executive Challenge, concebido em conjunto com outros ministérios, no sentido de identificar os "problemas transversais dos seus modi operandi e faciendi, e a apresentação de soluções inovadoras para estes problemas" e ainda o Governador Challenge, que foi lançado pelo governo da província de Luanda, "para que as startups possam criar soluções para alguns dos problemas que a cidade de Luanda apresenta, como a falta de estacionamento, por exemplo".
Além disso, certame vai contar igualmente com um programa repleto de iniciativas, de maneira a compreender todas as necessidades do sector, prevendo-se a concretização de palestras, debates, masterclasses, elevator pitches, angariação de fundos e exposições.
De acordo com o comunicado, os vencedores, como prémio, vão receber um investimento do Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA), bem como vão ter, "à sua disposição, um conjunto de produtos e serviços prestados pelos órgãos tutelados" pelo ministério da Economia e Planeamento e os seus parceiros.
Segundo Bruno Albernaz, PCA do Grupo Arena, "mais de 100 empresas já estão em fase de tratamento e finalização das suas inscrições". No entanto, o processo ainda está em curso no ISPTEC, "a partir dos canais digitais e contactos telefónicos do Grupo Arena (924 901 280) e também através do site do certame.
Citado no comunicado, Bruno Albernaz referiu ainda que a organização tem trabalhado no sentido de encontrar soluções para as startups que não conseguem realizar o pagamento de 85 mil kwanzas para a inscrição no evento. "Há muitas que ainda estão no princípio da sua actividade e nós estamos aqui a tentar encontrar uma forma, ou via patrocinador, ou a criação de um veículo para aquelas startups angels, onde nós possamos encontrar outro preço para motivar a sua participação. Ou seja, chamamos angels àquelas que têm uma menor idade, entre um a dois anos, e criar aqui um preço especial para que possamos também ter estas angels aqui a participar", indicou.
No evento, espera-se contar ccom a participação de 200 startups nacionais e internacionais.
