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Portugal aumenta linha de financiamento para Angola para dois mil milhões de euros

O Governo português aumentou a linha de financiamento para Angola de 1,5 mil milhões de euros para dois mil milhões de euros, anunciou esta Quarta-feira a ministra das Finanças.

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O anúncio foi feito esta Quarta-feira na cerimónia de assinatura de dois protocolos entre os ministérios das Finanças de Portugal e de Angola, sobre prevenção e combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo e contrato de financiamento da fase I do Projeto de Construção das Infra-estruturas da vila da Muxima.

"Conseguimos hoje dar dois passos, que se prende com uma assinatura muito importante, pelo seu simbolismo, pelo seu carácter efectivo, relativamente à requalificação da vila da Muxima, que ontem [Terça-feira] tive a oportunidade de visitar e a partir daí trabalharmos para termos melhores instrumentos ao dispor das empresas portuguesas para poderem melhor servirem a economia angolana", disse o ministro das Finanças português, Fernando Medina, que cumpre esta Quarta-feira o seu último, de três dias, de visita a Angola, com regresso previsto para a manhã de Quinta-feira.

Em Angola, confrontado pela Lusa sobre questões de política interna, entre as quais a audição parlamentar da ex-presidente do Conselho de Administração da companhia aérea estatal TAP, o governante português alegou que só iria falar sobre a visita a Luanda.

O titular da pasta das Finanças de Portugal reconheceu a forma como ao longo do tempo Angola tem sabido cuidar da sua credibilidade financeira, algo que "é muito apreciado em Portugal e reconhecido".

"Quero deixar uma segunda palavra de reconhecimento à forma muito clara como o Governo angolano definiu as suas prioridades, do ponto de vista do que há a fazer no capital humano, nas infra-estruturas, na diversificação da base económica e afirmar que faremos com empenho, mas sobretudo com grande gosto das empresas portuguesas e mais ainda do Estado português aquilo que pudermos fazer, que estiver ao nosso alcance para mais rápido possível se possam concretizar os investimentos e os projectos, no fundo servirão o povo angolano", disse.

Por sua vez, a ministra das Finanças, Vera Daves de Sousa, agradeceu "o presente" que o seu homólogo "trouxe na bagagem".

"Anunciou, e nós agradecemos por isso, um alargamento da linha de financiamento de 1,5 mil milhões de euros para dois mil milhões de euros, uma notícia que, certamente, não apenas Angola e os angolanos agradecem, mas também todas as empresas portuguesas que estão motivadas e têm todo o interesse em fazer parte desse processo de construção de uma nova Angola", referiu.

Vera Daves de Sousa concorda com o seu homólogo que esta visita e à semelhança do que foi a sua visita em Dezembro do ano passado a Portugal "foi marcada por um profundo sentimento de camaradagem e de diálogo aberto e franco, muito pragmatismo".

"Estou totalmente confiante que isso se vai transmitir para aquilo que são os resultados práticos da recuperação financeira e económica dos dois países", salientou.

Para Vera Daves de Sousa, a assistência técnica é igualmente importante para Angola, destacando que o protocolo de cooperação assinado "é para tirar partido da experiência da República portuguesa em diferentes domínios no campo das finanças públicas e também no campo do combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo".

"Não queremos só o dinheiro, também queremos o saber e contamos tirar o melhor partido do saber do Ministério das Finanças da República portuguesa e de todos os nossos parceiros portugueses, naquele que é o novo momento ainda melhor do que os anteriores da nossa cooperação", disse.

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