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Fernando Medina destaca em Angola “legado muito grande” do empresário Rui Nabeiro

O ministro das Finanças português destacou esta Segunda-feira, em Luanda, “o legado muito grande” deixado pelo empresário Rui Nabeiro, a nível económico, nomeadamente a Delta, “empresa muito forte e autónoma”.

: Francisco Duarte (Embaixador de Portugal em Angola), Jorge Ribeiro (Director Industrial da Angonabeiro), Fernando Medina (Ministro das Finanças de Portugal) e Carlos Gomes (CFO da Angonabeiro)
Francisco Duarte (Embaixador de Portugal em Angola), Jorge Ribeiro (Director Industrial da Angonabeiro), Fernando Medina (Ministro das Finanças de Portugal) e Carlos Gomes (CFO da Angonabeiro)  

Fernando Medina, que iniciou uma visita a Luanda, até Quinta-feira, a convite da sua homóloga, Vera Daves de Sousa, falava à imprensa depois de visitar a empresa Angonabeiro.

Segundo o ministro, o empresário fundador do Grupo Nabeiro – Delta Cafés, que morreu a 19 de Março passado, em Lisboa, deixou "uma obra única, ímpar, em Portugal, na área empresarial, na área da inovação, mas fundamentalmente como uma pessoa com uma profunda consciência social".

O ministro salientou que Rui Nabeiro teve sempre "preocupação de ficar ligado à sua terra, ficar ligado ao seu país, desenvolver a sua terra, o seu país, e preocupar-se com aqueles que podia apoiar em todos os momentos". "Uma pessoa com uma grande consciência cívica e política, sempre a participar em vários momentos da vida do país", frisou ainda o ministro.

O governante português manifestou satisfação com o trabalho realizado na fábrica e os projectos que tem para o futuro, os novos lançamentos que estão em marcha.

"E também bom ver que se replica aqui um pouco o que foi a relação e a cultura que Rui Nabeiro deixou na empresa, no fundo uma preocupação com os produtores locais, uma preocupação em poder servir também as comunidades com quem a empresa se relaciona, por isso um bom início de visita", disse.

O titular da pasta das Finanças de Portugal disse esperar com a sua visita o estreitar das relações entre Portugal e Angola, e de poder contribuir com o trabalho "para que as palavras se traduzam em actos".

O objectivo, disse, é que se "vão resolvendo obstáculos, se vão criando oportunidades, se vá obtendo oportunidade para as empresas portuguesas, oportunidades para o desenvolvimento de vários projetos em Angola e uma relação muito próxima que existe também ao nível da relação bilateral na área das finanças".

De acordo com o ministro, a visita serve igualmente para fazer o ponto de situação "e ver o que se pode melhorar".

Fernando Medina vincou que a cooperação bilateral entre os dois países é "muito forte", sendo a deslocação uma oportunidade para os dois ministros continuarem a avançar com o trabalho conjunto, seja ao nível da cooperação, seja ao nível da relação técnica e do apoio continuamente a várias áreas, seja também ao nível de vários instrumentos assinados.

Em declarações à imprensa, o diretor financeiro da Angonabeiro, Carlos Gomes, destacou que a empresa faz hoje exportações do seu produto para Portugal e Suíça.

"Acabámos de exportar há bem pouco tempo um contentor para a Suíça e pretendemos continuar a trilhar esse caminho. Projectar a marca Ginga, uma marca angolana no mercado internacional, neste momento no mercado europeu, mas sempre disponível para abrir portas a outras geografias", disse.

Carlos Gomes disse que a empresa deu início à produção de cápsulas de café da marca Ginga, inicialmente apenas para o mercado doméstico "com café 100 por cento angolano", devendo o produto estar disponível nas superfícies comerciais dentro de um mês.

Actualmente, a empresa produz acima das 400 toneladas por ano, entre moídos e grão, com uma capacidade instalada para crescer.

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