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Viseiras produzidas em 3D chegam ao hospital pediátrico de Luanda

Médicos e enfermeiros do hospital pediátrico de Luanda já estão a usar viseiras produzidas em 3D, pensadas para ajudar no combate à pandemia de covid-19, mas que defendem contra muitas outras doenças, além da infecção do novo coronavírus.

: Ampe Rogério/Lusa
Ampe Rogério/Lusa  

Margarida Correia, directora clínica do hospital David Bernardino, disse à Lusa que será dada prioridade na distribuição aos profissionais da triagem e serviços de urgência, bem como nos pontos de maior contacto com os utentes.

"Nos pontos de triagem, este é um material que é indispensável e estas viseiras vão ser uma mais valia na abordagem dos nossos doentes", sublinhou a médica, indicando que serão distribuídas pelos dois pontos de triagem, o gabinete de abordagem da doença respiratória e a consulta externa de urgência.

Recordou que este é também um hospital com características diferentes dos outros: "temos a criança e o acompanhante e o risco é muito maior".

O hospital foi uma das unidades beneficiadas esta semana com as viseiras produzidas em 3D por um grupo de voluntários que se mobilizou para ajudar a combater a covid-19.

Embora as viseiras tenham ganhado mais visibilidade nos últimos tempos devido à pandemia, a pediatra considera que são dispositivos de protecção sempre necessários, sobretudo na "primeira linha de abordagem dos utentes" para evitar riscos de infecção.

O país, notou, tem estado até preparado para lidar com situações de pandemia como a que aconteceu há cerca de três anos na altura do Ébola , mas Margarida Correia admite que a covid-19 "apanhou toda a gente de surpresa".

"Nesta altura, em que é necessário que estejamos todo o dia protegidos, [a procura] ultrapassou a demanda", comentou a especialista.

O hospital universitário conta com 450 camas e faz "cerca de 300 observações por dia", embora as consultas externas estejam actualmente limitadas devido à covid-19.

Além da parte assistencial e preventiva, o hospital conta com uma componente de formação, sendo o corpo clínico constituído por 120 médicos, incluindo pediatras, cirurgiões e anestesistas e 100 internos de pediatria.

Angola registou até ao momento 24 casos positivos de infecção pelo novo coronavírus.

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