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Património da empresa de siderurgia nacional em Luanda vendido a grupo angolano

O Governo aprovou a venda a privados do património imobiliário da antiga empresa de siderurgia nacional, instalada em Luanda há mais de 50 anos e controlada pelo Estado após a independência.

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A informação consta do despacho conjunto de 30 de Março, assinado pelos ministros da Economia, Abrahão Gourgel, e da Indústria, Bernarda Martins, documento ao qual a Lusa teve acesso esta Sexta-feira, aprovando a venda do património da antiga Siderurgia Nacional de Angola (SINA), entretanto também extinta pelo Governo, à Sociedade Angolana de Siderurgia, "no âmbito do respectivo processo de liquidação".

Define ainda que as receitas provenientes destas vendas, não contabilizadas no despacho, deverão servir para "suportar os encargos inerentes ao processo de liquidação" da empresa.

Este processo resulta da saída do Estado de sectores considerados pelo Governo como não estratégicos para se manterem na esfera pública.

A gestão da extinta Siderurgia Nacional de Angola já tinha sido confiada à empresa privada Sociedade Angolana de Siderurgia, em consórcio com os chineses da Chung Fung Holdings, em 2004.

No final de 2014, de visita à unidade, a ministra da Indústria, Bernarda Martins, constou a gestão do consórcio à siderurgia, instalada na década de 60, que então fabricava varões de aço a partir de sucata, adquirida de diversos fornecedores nacionais, empregando então 250 trabalhadores.

Com a perspectiva de duplicar os postos de trabalho, a unidade enfrentava, no entanto, problemas com o material obsoleto e os seus fornos, de acordo com o relato de então, só tinham capacidade para processar cerca de três toneladas de sucata por dia, a substituir, bem como as instalações, num projecto de modernização avaliado em 35 milhões de dólares, a suportar inteiramente pelo consórcio.

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