"A primeira fase de exploração de cobre na mina está prevista para Setembro deste ano, numa área de 2000 quilómetros quadrados. Com capacidade de exploração de 4000 toneladas de cobre/dia, sendo 2500 toneladas a partir de Setembro deste ano, o projecto, cuja prospecção começou em 2010, contempla uma mina a céu aberto e outra subterrânea", informa o governo provincial do Uíge, em comunicado a que o VerAngola teve acesso.
A informação foi avançada no âmbito de uma visita que o governador do Uíge, José Carvalho da Rocha, realizou esta Terça-feira ao projecto.
Em declarações após a visita, citadas no comunicado, o responsável considerou que o projecto "representa um desafio para potenciar o desenvolvimento da região e do país, de modo geral, visando a criação de empregos para a juventude".
De acordo com o governador provincial, estão "em curso acções para a reabilitação da estrada e estancamento de ravinas ao longo da via", tendo em vista "facilitar o escoamento dos mineiros".
José Carvalho da Rocha considerou ainda que se está no "bom caminho", ambicionando que este projecto "seja uma bandeira da região norte".
"Estamos no bom caminho. Queremos que esse projecto seja uma bandeira da região norte", afirmou.
Nesta fase inicial, os trabalhos vão iniciar com a exploração da mina a céu aberto, enquanto na mina subterrânea se prevê começar actividade em 2026, segundo informou Rui Lopes, director-adjunto da empresa Shining Star Icarus.
Reforçou assim que a "mina subterrânea inicia com os trabalhos de produção no segundo semestre de 2026, estando, neste momento, em curso os trabalhos de mineração a céu aberto e a montagem dos equipamentos" para processar os minérios extraídos.
Na ocasião, o responsável referiu que a "mina a céu aberto terá uma extensão total de um quilómetro e uma profundidade que poderá atingir 250 metros", ao passo que a "mina subterrânea terá uma extensão de 1630 metros, sendo que 630 metros já foram perfurados, prevendo a conclusão no primeiro semestre de 2026".
Quanto ao investimento, Rui Lopes adiantou que o "projecto conta com um investimento total de 250 milhões de dólares, dos quais 205 milhões de dólares já foram investidos até ao momento".
"O projecto de Mavoio e Tetelo contam com duas licenças de exploração, em áreas de cerca de 3000 quilómetros quadrados e outra que abrange 7000 quilómetros quadrados, cujo projecto conta com 1080 trabalhadores, sendo 708 angolanos e os demais expatriados, maioritariamente chineses", lê-se na nota.
Recorde-se que, em Junho do ano passado, o secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Correa Victor, já tinha anunciado que a mina de Mavoio iria começar a produzir cobre em 2025.