Em entrevista à Lusa, o coordenador da comissão instaladora da Federação Angolana de Golfe, Manuel Domingos da Silva Júnior, acrescentou que, face a estes dados, a massificação da modalidade é um dos objectivos, mas admite dificuldades por ser uma prática desportiva dispendiosa.
"A prática do golfe em Angola restringe-se apenas a Luanda, com os clubes do Morro dos Veados e dos Mangais, este já com dimensão internacional. Pouco menos duzentas pessoas praticam o golfe, daí que esperamos rever os estatutos dos clubes, logo que seja constituída a federação, para mobilização de mais praticantes, sobretudo nas escolas", disse.
O dirigente, que reconheceu a necessidade da expansão da modalidade a nível do país, admitiu, por outro lado, que o golfe é uma modalidade cara, daí esperar contar com apoios do empresariado angolano e de instituições internacionais.
De acordo com Manuel Domingos da Silva Júnior, decorrem esforços a nível da comissão instaladora, no sentido de tornar a modalidade mais abrangente.
"Quando eu lhe digo, por exemplo, que a comissão já contactou algumas escolas no sentido de mobilizar os alunos à prática do golfe não estamos a espera que sejam essas crianças a comprar o material", realçou.
Para isso, acrescentou, “haverá apoios” e vão querer “massificar o golfe”, prometendo que farão “os possíveis para que todos aqueles que não possam ter acesso ao material, que de facto não é barato, sejam acolhidos”, sublinhou.
No dia 8 de Dezembro de 2016 foi criada a comissão instaladora da Federação Angolana de Golfe, para, de acordo com a legislação desportiva de Angola, proceder à constituição da instituição que vai superintender a modalidade no país. "Nós estamos, neste momento, na fase final da elaboração dos estatutos que vão orientar todas as ações que serão desenvolvidas pela federação", concluiu.
O golfe, segundo o responsável, é praticado em Luanda desde 1949 e conta com alguns atletas de renome internacional.