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Economia

Deloitte: continua a existir interesse dos investidores chineses em Angola

O interesse dos investidores chineses em Angola manteve-se apesar da crise das finanças públicas motivada pela descida do preço do petróleo, considerou à Lusa o director da Deloitte em Angola e responsável pela ligação com a China.

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"Continua a haver um interesse moderado dos investidores chineses, não noto nenhuma diferença face aos primeiros meses do ano passado", disse António Pedro Pereira, 'partner' da consultora Deloitte&Touche em Angola e que tem a seu cargo a relação com os potenciais investidores chineses.

Em Lisboa há três semanas, mas de partida para Luanda este fim-de-semana, o responsável sublinha que os primeiros meses do ano são normalmente de abrandamento da actividade chinesa, não só pelas tradicionais férias dos expatriados, mas também pela Páscoa e pelas comemorações do novo ano chinês.

"Continuamos com pedidos dos clientes chineses, o interesse e o trabalho pedido pelos clientes e potenciais clientes chineses está em linha com o que sentimos o ano passado, mas só em Junho ou Julho será possível avaliar de forma mais consistente" se a degradação das finanças públicas de Angola teve ou não um efeito no interesse dos investidores chineses, um dos países que mais tem investido em Angola nos últimos anos.

"O investidor chinês tradicional é muito privado, nem sempre recorre às consultoras quando quer decidir um investimento", o que, admite o líder da Deloitte em Luanda, dificulta uma análise rigorosa sobre o impacto da crise no interesse dos investidores chineses no país: "A minha experiência, no entanto, é que a situação e o número de pedidos de trabalho por parte dos clientes chineses estão em linha com o que se passou no início do ano passado".

Sobre a situação no país, António Pedro Pereira diz que em Março, quando deixou Luanda, "não havia grandes alterações face ao início do ano", lembrando as "dificuldades causadas pelo menor investimento público".

 

 

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