Laranjas, tangerinas e limões são algumas das frutas cítricas que acabam por ficar podres por não ser possível escoar a produção para os grandes centros comerciais.
Trata-se de um cenário preocupante para os produtores, que falam em prejuízos. É o caso do agricultor Pedro Tomás, da cooperativa Tussamba, para quem, os prejuízos são grandes e frequentes, tendo por isso solicitado às autoridades competentes para fazerem a inversão desta situação que tem vindo a desencorajar a produção de citrinos em larga escala no referido município.
Em declarações à Angop, o agricultor considerou ainda que o Lufico possui potencial no que respeita a produtos agrícolas, destacando-se os citrinos e bananas.
Já segundo a camponesa Marta Ndembi, muitos agricultores da região estão a abandonar a produção de citrinos por ausência de mercado, fazendo a aposta, actualmente, no cultivo de cereais e legumes, em menor escala.
A camponesa disse ainda que por ano se perdem "quantidades consideráveis" de frutas como laranja e tangerina: "Anualmente perdemos quantidades consideráveis de laranjas e tangerinas. Aos poucos vamos deixando essa cultura, produzindo mais cereais e legumes".
Enquanto o agricultor António Maria, no sector há mais de duas décadas, propôs a instalação de uma fábrica de sumos no Lufico, visando eliminar os prejuízos relacionados com a produção de citrinos na região.
Disse acreditar que com uma fábrica no município, a produção local vai passar a ser absorvida a nível local, colocando um travão na "deterioração de quantidades consideráveis de citrinos".
"Acredito que com uma unidade fabril aqui no Lufico, a nossa produção passará a ser absorvida localmente e não haverá mais deterioração de quantidades consideráveis de citrinos", considerou, citado pela Angop.
De referir que Maria Wazika, nova e primeira administradora do município do Lufico, recentemente estabeleceu como prioridade do seu mandato a requalificação das estradas regionais tendo em vista contribuir para a facilitação do escoamento de produtos agrícolas para a cidade, escreve a Angop.