Os planos para o programa de privatizações para 2025 foram revelados pelo presidente do Conselho de Administração (PCA) do IGAPE, Álvaro Fernão, quando intervinha na Conferência do Mercado de Capitais, decorrida na passada Sexta-feira.
Na ocasião, o responsável anunciou que três empresas estão em processo de preparação para darem entrada na bolsa. Tratam-se do BFA, já em fase avançada, da Unitel e da TV Cabo.
"O Banco de Fomento Angola (BFA) está em fase avançada para ser listado na bolsa, o que poderá aumentar significativamente o volume de transacções na Bodiva. A Unitel também está em preparação para sua entrada em bolsa, embora o processo seja mais complexo face a natureza das suas operações. Adicionalmente, 15 por cento da TV Cabo estão a ser preparados para colocação no mercado, com previsão de concretização até ao final do ano", adiantou, citado num comunicado do Ministério das Finanças a que o VerAngola teve acesso.
Segundo a nota da tutela, para os primeiros seis meses deste ano, o instituto tem previsto privatizar quatro activos.
"Para o primeiro semestre de 2025, o IGAPE prevê a privatização de mais quatro activos", lê-se na nota.
Álvaro Fernão – que falava durante o painel sobre "O papel do O papel do mercado de capitais no processo de privatização – realçou que "um mercado de capitais forte e confiável é essencial para o sucesso das alienações de activos do Estado".
O PCA do IGAPE explicou igualmente que "o objectivo do programa de privatizações não é apenas atrair grandes investidores, mas também permitir que pequenos subscritores tenham acesso ao capital social das empresas privatizadas".
Assim, reforçou: "A essência do programa passa por termos pequenos subscritores a deterem parte do capital social destas empresas em privatização".
Essa estratégia, adianta o comunicado, procura "democratizar o acesso ao mercado de capitais e fomentar uma cultura de investimento entre os cidadãos".
Na ocasião, o responsável também referiu o "sucesso das privatizações anteriores", tendo realçado os casos do Banco Angolano de Investimentos (BAI), Banco de Comércio e Indústria (BCI), Ensa e Bodiva.
"Segundo Fernão, estes activos apresentaram uma valorização significativa, com incrementos que variam entre 50 por cento e 100 por cento desde a sua colocação no mercado. Além disso, os dividendos distribuídos por estas empresas têm superado os rendimentos oferecidos pelos títulos do tesouro, tornando-se opções atractivas para os investidores", refere o comunicado.
Por fim, o PCA do IGAPE disse que, "estas iniciativas reflectem o compromisso do IGAPE em promover uma participação mais ampla e inclusiva no mercado de capitais angolano, visando dinamizar a economia e fortalecer o sector empresarial do país".