Na ocasião, o titular da pasta dos transportes realçou que o futuro aeroporto – em construção desde 2022 e cuja empreitada apresenta uma execução física na ordem dos 32 por cento – se assume como essencial para assegurar o cumprimento de deveres junto da UNESCO na qualidade de património cultural.
"Desta forma vai atrair turistas para a cidade de Mbanza Congo e carece de uma infra-estrutura com capacidade de receber 250 mil passageiros por ano", afirmou o responsável, citado pela Angop.
Desse modo, o ministro considerou haver necessidade de promover uma infra-estrutura complementar no sentido de se dispor de uma cidade com um lugar turístico para Angola no campo da cultura. O governante, citado pela Angop, mencionou ainda a elaboração de um plano director junto do governo da província visando assegurar a preservação da infra-estrutura, de maneira a impedir actos de vandalismo.
Na sessão ordinária, que foi orientada pela vice-Presidente da República, Esperança da Costa, foram analisadas diversas matérias, entre os quais o Plano de Gestão de Mbanza Kongo 2024-2028, o grau de execução das obras do novo Aeroporto de Mbanza Kongo, entre outros.
Refira-se que o futuro aeroporto vai contar com ligações domésticas e internacionais, cuja construção está a ser feita em 12.100 metros quadrados e 35,64 metros de altura da torre de controlo. Avaliada em cerca de 89,9 mil milhões de kwanzas, a infra-estrutura aeroportuária denomina-se 'Nimi a Lukeni' e entre as diversas valências destaca-se a capacidade para receber voos de aeronaves tipo Boeing 777-300ER
Segundo um comunicado da Vice-Presidência, a que o VerAngola teve acesso, o Plano de Gestão de Mbanza Kongo 2024-2028 propõem-se a "tornar este município da província do Zaire num polo de investigação e atracção turística de referência nacional, regional e internacional".
Este plano, acrescenta a nota, "prevê a organização de encontros científicos com investigadores de diversas partes do mundo para a promoção do intercâmbio de conhecimento, definição de estratégias de divulgação da história do Reino do Kongo e da sua diáspora", bem como "incentivar os jovens na aprendizagem de técnicas ancestrais no domínio das artes e da gastronomia para o benefício das comunidades locais, no âmbito do processo de conservação, protecção e valorização do património material e imaterial".
"O plano abarca o Plano Estratégico de Gestão do Turismo de Mbanza Kongo, que se propõe, entre outros objectivos, diversificar a oferta da animação turística, desenvolver o território de Mbanza Kongo, divulgar o património cultural do município, orientar a visitação dos atractivos turísticos da localidade, aumentar em mais de 15 por cento da oferta das infra-estruturas turísticas de alojamento, expandir em 20 por cento a rede de restauração e em até 15 por cento os serviços complementares, formar e qualificar os profissionais do sector do turismo", lê-se na nota.
Ainda neste domínio, na reunião, a comissão ficou a saber que o património material e imaterial de Mbanza Kongo se encontra bem preservado. Contudo, "algumas áreas da cidade continuam a ser consideradas como zonas de risco, onde há interdições de construção e deslocalização da população".
