Sobre o papel que Angola pode assumir no desbloqueio do crescimento económico de África, o director das Médias Empresas do Standard Bank de Angola (SBA), Dorival Manuel, defendeu que o país se destaca como "um dos que apresenta um maior potencial de desenvolvimento e inúmeras oportunidades de crescimento".
"Angola tem uma importância vital no processo de estabilização e desenvolvimento da África Subsaariana, graças à sua localização geográfica estratégica, abundância de recursos naturais, uma população jovem e dinâmica, e por estar a caminhar para um processo de industrialização e aposta na produção local", salientou Dorival Manuel.
O director do SBA apontou o Corredor do Lobito como um dos investimentos significativos em infra-estruturas críticas, fundamentais para a promoção do desenvolvimento regional. "Estes elementos estratégicos permitem a Angola não só criar bases sólidas para o seu próprio crescimento sustentável, mas também contribuir de forma decisiva para o progresso económico de toda a região africana. O país tem condições para se posicionar como um dos principais 'players' e influenciar positivamente o desbloqueio do crescimento de África, consolidando-se como um pilar essencial na construção de um futuro próspero, estável e sustentável para o continente".
Acerca dos sectores em que Angola pode assumir um papel mais interventivo para o desenvolvimento e progresso do continente africano, Dorival Manuel destacou: Energia e Recursos Naturais; Infra-estruturas (portos, aeroportos, estradas e caminhos-de-ferro); Agricultura; Turismo; Comércio e Indústria.
A agenda da Conferência sobre Banca Comercial e de Negócios incluiu distintas sessões sobre a vantagem competitiva de África na procura de oportunidades de crescimento, avanços no comércio, aproveitamento do potencial de energia renovável, bem como a exploração de formas de navegar pelos desafios e oportunidades únicas enfrentadas pelas empresas familiares em todo o continente. 'Crescer juntos num mundo fragmentado' foi um dos temas dos painéis da conferência, que contou com a participação do CEO do Grupo Naval, Simon Tecleab.