De acordo com o balanço feito pelo presidente do Conselho de Administração da instituição, António Henriques, as iniciativas estão divididas por sectores de actividade, sendo a lista liderada pela indústria transformadora. Os números revelam que mais de metade dos projectos registados nos últimos três anos (79 por cento) estão ligados à indústria transformadora de produtos.
Citado pela Angop, o responsável explicou que este sector conta com um total de 153 projectos, avaliados em 1,7 mil milhões de dólares.
Segue-se a área do comércio (78 projectos avaliados em 149 milhões de dólares), prestação de serviços (69 projectos orçados em 313 milhões de dólares) e da agricultura (16 projectos avaliados em 213 milhões de dólares).
Segundo António Henriques, caso estes projectos sejam implementados poderão ser criados mais de 24 mil empregos: "Se forem implementados nos termos dos registos efectuados, os projectos poderão criar cerca de 24.987 postos de trabalho directo, dos quais 23.191 serão destinados a angolanos e apenas 1796 para os expatriados".
Luanda é a província preferida dos investidores, disse, acrescentando que cerca de 79 por cento das iniciativas registadas dizem respeito à capital. Em segundo lugar nas preferências surge a província do Bengo, seguida por Benguela e Malanje.
António Henriques fez saber que do total de projectos, 81 já estão a ser "implementados e em efectivo exercício, gerando 7279 postos de trabalhos directos, enquanto outros 254 se encontram em vias de implementação e dez cancelados por iniciativas dos proponentes investidores".
Avançou ainda que os 81 projectos estão avaliados em 1,19 mil milhões de dólares. Desses investimentos, 36 dizem respeito ao sector da indústria, 25 ao do comércio e cinco à da agricultura.
Os principais investidores no país são a China e os Emirados Árabes Unidos, indicou. Segundo o responsável, cada um dos países tem quatro projectos em cursos. As quatro iniciativas da China estão orçadas em 44.193 milhões de dólares, enquanto os quatro projectos dos Emirados Árabes Unidos estão avaliados em 153.377 milhões de dólares, completou.
Além de ajudarem a criar novos empregos, estes investimentos também vieram reforçar a aposta na produção nacional, levando a uma diminuição no número de importações. Os números revelam que desde 2018 até Setembro do ano passado, o volume das importações caiu de 43 para 22 por cento.
Com um balanço bastante positivo, o foco para este ano é apostar na captação de investimento para a área da agricultura, do sector têxtil, minas e pescas, indicou o responsável.
