Auxílio Jacob, citado pela imprensa, manifestou-se preocupado com o aglomerado de milhares de pessoas na via pública e defendeu medidas "mais duras", como o "uso da força regulada" para a mudança de atitude, porque, comentou, "está difícil dialogar".
"No casco urbano de Cacuaco, na zona do mercado do Sabadão, mercado do Kikolo, no mercado da Retranca nos Mulenvos estamos a ter por dia, na rua, mais de 500.000 pessoas juntas nesses espaços e já sentimos que está difícil de dialogar, por isso o Estado tem de exercer a sua autoridade", afirmou.
Segundo o responsável, as autoridades locais já fizeram inclusive algumas detenções de pessoas, táxis e motorizadas por infracção, mas, frisou, "dá a impressão que há outras orientações invisíveis que estão a empurrar as pessoas para as ruas".
Angola regista já duas mortes de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, responsável pela doença covid-19, num total de sete casos positivos.
Na Segunda-feira, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, deu conta que entre os pacientes internados um está já em fase de cura.
O país vive desde Sexta-feira o estado de emergência prorrogável, que se estende até 11 de Abril, com a interdição de pessoas e viaturas na via pública e horário específico para venda de bens alimentares, entre outras medidas.
No entanto, nas diversas províncias surgem relatos de actos de desobediência, sobretudo de cidadãos que insistem em sair à rua.
Forças de defesa e segurança estão na rua para o cumprimento das medidas descritas no decreto presidencial sobre o estado de emergência em Angola, que cumpre esta Terça-feira o quinto dia.