"Antecipamos que Angola será a economia que mais vai sofrer com o choque relacionado com o Covid-19", lê-se numa nota sobre o impacto do surto de Covid-19 na África subsaariana, que aumenta a previsão de recessão de 1,5 por cento para 3,5 por cento este ano.
Numa nota enviada aos investidores, e a que a Lusa teve acesso, a Capital Economics escreve que "a descida dos preços das matérias-primas vai prejudicar as trocas comerciais das economias africanas mesmo que os preços subam um pouco na segunda metade do ano".
O petróleo, estimam, será a matéria-prima mais atingida, devendo descer 35 por cento no total deste ano, o que será "doloroso" para os principais produtores, como é o caso da Nigéria e Angola, mas também outros mais pequenos, como a Guiné Equatorial.
A queda do kwanza, por seu turno, será a mais acentuada no território africano, de acordo com as previsões da Capital Economics, que alerta ainda que "a desvalorização vai focar as atenções na elevada dívida em moeda externa, que se apresenta como um dos principais riscos económicos".