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Presidente da ENI afirma que situação em Angola melhorou “drasticamente”

O presidente executivo da ENI disse esta Sexta-feira em Milão que as reformas lançadas em Angola "melhoraram drasticamente" a situação de um país que a petrolífera considera "mesmo estratégico" e que foi o primeiro a reagir à queda dos preços, em 2014.

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"Angola é um país estratégico, mesmo estratégico, e com o novo Presidente e as novas reformas no petróleo e gás, que foram feitas no ano passado e com o foco que coloca no novo desenvolvimento, são mais eficientes e mais rápidos e estão a acompanhar directamente os diferentes investimentos, a situação melhorou drasticamente", disse Claudio Descalzi, na conferência de imprensa que terminou a apresentação do plano estratégico da empresa até 2021.

Respondendo à questão colocada pela Lusa sobre as últimas descobertas feitas pela ENI em Angola, o presidente executivo da ENI explicou que "Angola foi o primeiro país a mudar os parâmetros dos contratos para atrair investimentos a seguir à crise petrolífera de 2014”.

"Foi muito positivo e foi por isso que fizemos tantas descobertas" nos últimos meses, a última das quais foi anunciada já este mês e pode valer até 650 milhões de barris de petróleo, disse.

Claudio Descalzi salientou ainda que a ENI tem "muitas actividades" em Angola, o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana, e apontou o gás como uma área importante para a petrolífera.

"É importante estarmos a explorar e desenvolver grandes projectos de gás que no futuro vão alimentar o Gás Natural Liquefeito de Angola", disse, exemplificando com o "trabalho conjunto que está a ser feito na refinaria de Luanda", cuja eficiência foi "melhorada em termos da gasolina".

Antes, na apresentação aos analistas, Claudio Descalzi tinha dito que Angola é "um grande exemplo do modelo de exploração e de aplicação da tecnologia", salientando que os poços Kalima e Afoxé podem entrar em produção dentro de três anos.

"O Bloco 15/06 é um grande exemplo do nosso modelo de exploração; até agora perfurámos 21 poços com uma taxa de sucesso de 86 por cento, descobrindo mais de quatro mil milhões de barris com uma produção de mais de 150 mil barris por dia", disse o presidente executivo da petrolífera italiana, durante a intervenção inicial na apresentação da estratégia da empresa para os próximos três anos.

"Nos últimos meses, fizemos três grandes descobertas de óleo leve, em Kalima e Afoxé, estimamos ter 400 a 500 milhões de barris, e há algumas semanas descobrimos um novo [campo petrolífero] gigante em Angola, que pode conter até 650 milhões de barris", disse o líder da petrolífera.

"Vamos acelerar o desenvolvimento destes novos poços usando as instalações actuais", acrescentou Claudio Descalzi, na parte da intervenção inicial que incidiu sobre Angola.

O campo Kalimba foi descoberto em Junho do ano passado a sudeste do Bloco 15/06, e pode ter até 300 milhões de barris de óleo leve, ao passo que o Afoxé foi descoberto já em Dezembro, na mesma zona, e pode ter até 200 milhões de barris.

O presidente executivo da petrolífera italiana ENI disse ainda esta Sexta-feira que Angola é "um grande exemplo do modelo de exploração e de aplicação da tecnologia", salientando que os poços Kalima e Afoxé podem entrar em produção em três anos.

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