Em declarações à agência Lusa, à margem da XXI Conferência de Serviços Gerais de Alcoólicos Anónimos, que começou esta Sexta-feira e decorre até Domingo na cidade portuguesa de Fátima, Ivo, dirigente daquela comunidade, disse que os AA pretendem "apadrinhar outras comunidades no estrangeiro", nomeadamente em Angola e Moçambique.
"Da mesma maneira que temos sido ajudados por comunidades da Grã-Bretanha, queremos ajudar outros com menos experiência, ajudar quem tem a doença a entrar em recuperação", afirmou.
Em Portugal, actualmente os AA estão espalhados por 91 grupos no continente e ilhas, embora Ivo assuma que essa distribuição "não é equitativa", já que a maioria incide, nomeadamente em zonas urbanas do litoral e estão praticamente ausentes do interior do país.
"É uma iniciativa voluntária, para se formar [uma comunidade] são precisos alcoólicos em recuperação e ainda há questões culturais que o impede", referiu o elemento dos AA, alcoólico em recuperação há oito anos.
Embora a comunidade de alcoólicos anónimos não possua registos dos participantes, Ivo estima que em Portugal ascendam a cerca de meio milhar: "Não tem havido grandes oscilações nos últimos tempos", argumentou.
Os AA querem continuar a divulgar a sua actividade sobre uma doença "que não tem cura mas tem tratamento" e constituir-se como "mais uma solução" para o problema do alcoolismo.