Ver Angola

Política

João Lourenço defende redução nos gastos com obras públicas

O cabeça-de-lista do MPLA às eleições gerais de Agosto, general João Lourenço, prometeu baixar o custo das obras públicas e admitiu que os altos preços do petróleo dos últimos anos criaram "maus hábitos" no país.

Picasa:

A posição foi assumida pelo candidato e vice-presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) no primeiro acto de massas da pré-campanha eleitoral em Luanda, realizado no município do Cazenga, reunindo milhares de apoiantes.

"O executivo do MPLA que sair das eleições de Agosto vai tomar medidas no sentido de baixar os preços das infra-estruturas, de baixar o preço das empreitadas", avisou João Lourenço.

Embora sem adiantar propostas concretas, recordando apenas os investimentos que estão ser feitos para aumentar a produção local de materiais de construção, travando os custos de importação, o candidato do MPLA a Presidente da República e actual ministro da Defesa Nacional traçou a necessidade de o país, a viver uma crise económica e financeira decorrente da quebra das receitas do petróleo, "reduzir consideravelmente" os preços das obras públicas.

Nomeadamente os custos de construção do quilómetro de estrada e do metro quadrado das habitações sociais, mas garantindo que será exigida qualidade aos empreiteiros.

O sector da construção civil é dominado, além dos empresários nacionais, por empreiteiros portugueses, brasileiros e chineses.

"Não pode haver construção para a Europa e construção para Angola. Tem que haver construção. Uma estrada feita na Europa, em Angola ou noutra parte qualquer do mundo é uma estrada", advertiu João Lourenço.

Em paralelo, reconheceu a necessidade de o próximo executivo "incentivar a cultura da manutenção dos bens públicos", acabando com a "cultura do descartável", como até agora.

"O boom do petróleo, a abundância e os bons preços do petróleo, durante muitos anos, criaram-nos maus hábitos, e temos de ser honestos a reconhecer que assim foi. Nós esquecemo-nos, de uma forma geral, da manutenção dos bens públicos. Mais facilmente gastamos milhões a construir infra-estruturas caríssimas, do que gastamos algumas dezenas ou centenas de dólares a fazer a manutenção desses equipamentos", observou.

Num discurso de 50 minutos, João Lourenço insistiu na necessidade de fazer a "educação" do povo, promovendo o "resgate dos valores morais e éticos", perdidos durante os quase 30 anos de conflito armado que o país viveu, até 2002.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.