"O Brasil configura-se como esse ponto de comunicação do continente sul-americano, e com a ligação com o continente africano, podemos diminuir a demora na transmissão de informações e aumentar a segurança dos dados", afirmou André Figueiredo.
A proposta africana pretende viabilizar a construção de dois cabos de fibras ópticas que atravessarão o Atlântico, sendo que um ligará Brasil a Angola, e outro será responsável por uma interligação no Brasil.
O primeiro projecto irá de Luanda até Fortaleza, na região nordeste do Brasil. O segundo deve interligar o cabo de Fortaleza com um existente na cidade de Santos, no Estado de São Paulo, que já chega até Miami, nos Estados Unidos.
No ano passado, a Angola Cables firmou um acordo com a câmara municipal de Fortaleza para construção de um centro de dados e para que seja feita a ancoragem dos cabos submarinos.
Na ocasião, o representante do governo angolano, Aristides Safeca, destacou que a actuação da Angola Cables no Brasil se enquadra-se na estratégia do Governo de Luanda na expansão e modernização do sistema de telecomunicações.
O governante angolano citou também outros projectos conjuntos entre Brasil e Angola na área das comunicações por satélite. Além da ligação com Angola, o Brasil também possui outro projecto de fibra óptica para a Europa, com data prevista para o início das operações também em 2017. Neste projecto, o cabo partirá de Santos, em São Paulo, até à região de Lisboa.